-PERSEGUIÇÃO SILENCIOSA-
Francisco José de Souza (*)
São
indescritíveis as investidas de desrespeito que grassam nos relacionamentos
social, familiar e fraternal.
As
sutilezas dos atentados ao dever, ao pudor e à ordem que povoam a mente dos pigmeus morais, retratam técnicas primitivas
da camuflagem, comportando-se gentis nas aparências, enquanto arquitetam calúnias
silenciosas, criando ambiente de desconfiança, de animosidades e de atritos, muito
ao gosto destes vetustos adversários do bem.
Eles
estão por todos os recantos e segmentos sociais, sempre a espreita de situações
para destilar o veneno da inveja, das críticas acerbas e, a despeito de
singelos pecadinhos da sociedade, grande
parcela destas criaturas “passam consideradas como boas pessoas, dotadas de excelentes
valores porque conseguem ocultar, no cinismo doentio de que são vítimas, os
distúrbios morais e mentais em que se debatem”.
O
sutil das perseguições não decorre de mero acaso, quase sempre procedem de projetos
adrede arquitetados e, passam quase imperceptíveis, imiscuindo-se nas convivências
afetivas, causando perturbações e conflitos, como sói acontecer no assédio
moral, muito em voga nas relações empregatícias.
Não
faltam aqueles que incapazes de atingir o mesmo nível de desenvolvimento ou de
conquistas do outro, não hesitam em denegrir a imagem da pretensa vítima. É
quase sempre no silêncio das perseguições que eclode o rol dos adversários
gratuitos.
As
artimanhas são inúmeras e estão presentes em todas as agremiações, só os
inúteis acreditam estar isento da sanha voraz destes infelizes e
infelicitadores. Neste deambular do carrossel das maldades, a doutrina espírita
acena que independente das sutilezas das condutas, os escaninhos dos desatinos
morais têm a prevalência dos instintos
maus em detrimento dos bons sentimentos.
Cautela
e vigilância são virtudes cristãs que não é dado tergiversar!
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo
de Maringá – ADEMA. E-mail – maringaespirita@gmail.com
(*) Francisco José de Souza é Promotor de Justiça