-CONSCIÊNCIA MORAL-
Francisco José de Souza*
A consciência ínsita em toda pessoa se afigura como a grande educadora da vida. Na qualidade de “mestra” deve ser respeitada, ouvida e meditada, permitindo-se interpretar corretamente as múltiplas escolhas entre o certo e o errado, ou seja, discernir no que consiste o bem e o mal.
Do ponto de vista psicológico espírita, a consciência moral se atrela ao nível de conhecimento, dos ganhos intelectuais alcançados e, parâmetro de aferição da responsabilidade de cada qual.
Jesus, o nosso Modelo e Guia houve por sinalizar a regra áurea de conduta no “vede o quereríeis que vos fizessem ou não”, de vigência universal para as mais variadas circunstâncias da vida, de cuja observância, jamais a pessoa se engana.
A excelência da arte de bem viver, consiste na visão do apóstolo Paulo em “vencer o mal com o bem”, que se operacionaliza na medida que o homem tem consciência de si, e dispõe da razão que o auxilia a comportar-se com lucidez ética e moral.
Enquanto prefere viver sob o jugo das sensações fortes, a sua essência divina, permanecerá sufocada, vencida pela ditadura dos instintos e, pelos sentimentos perversos do ódio, dos desejos incontidos, das ambições desmedidas, elegendo adversários gratuitos, com a falsa percepção de que todos aqueles que não comungam com os mesmos ideais acalentados, são potenciais inimigos que devem ser derrotados ou eliminados. Na visão torpe e insensata do egocentrismo, transfere para os outros as angústias e insucessos, tentando destruir a honorabilidade, coisas e tudo o que inveja.
Atento que a sonolência psíquica não perdura para todo o sempre, cada qual, em circunstâncias próprias, haverão por despertar a consciência moral que o orientará a agir com acerto.
Francisco José de Souza é Promotor de Justiça.
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. E-mail: maringaespirita@gmail.com