24.12.2015 |
Amigos de ocasião |
A vida reclama a preservação dos compromissos sociais e familiares.
Apesar do clima fraterno que o Natal propicia por todos os recantos, ainda ressoa o vendaval das “crises” atestando a escassez de valores éticos e morais.
O homem parece caminhar sem segurança do roteiro, assumindo comportamentos esdrúxulos e variados de acordo com os impositivos dos momentos, transferindo-se de posição com rapidez indiferente aos meios e fins.
Diante da incerteza de qual o melhor caminho a trilhar, a ocasião atrai os aficionados pelos prazeres e sensações, criando vínculos que alimentem as mentes vazias de significado existencial.
O mundo é o palco das ilusões e futilidades, repleto de aficionados pelas aparências de ser agradável a todos, de bem atender a todos, de ser o melhor, o mais gentil, o mais amado, de viver a “síndrome do herói...”
Por força da desconfiança geral, vive-se na dubiedade da escolha das amizades enganando-se e enganando com a premissa de que viver bem é necessário ter amigos para compartilhar momentos felizes naquilo que a vida tem de melhor, a despeito da perenidade dos vínculos.
É natural que o homem procure viver o melhor possível. O que é doentio e atesta flagrante ignorância dos reais objetivos da vida, é valer-se das ocasiões para criar vínculos pecaminosos de ajustes disso e daquilo, comprometedores da ordem e da segurança de todos.
Os ventos que sopram nos cenários das instituições sinalizam que a ocasião cria vínculos localizados, do salve-se quem puder.
Desde muito tempo se proclamou que o ignorante muda de posições ao sabor dos ventos, a retratar em boa lógica espírita que a “tecla dos interesses” é a mãe dos amigos de ocasião.
Façamos do natal o momento de reflexão, do cultivo de amizades sólidas e que traduzam o bem a tudo e todos, ainda que a sacrifício pessoal.
(*) Francisco José de Souza é Promotor de Justiça
Coluna da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá – ADEMA. Nosso E-mail – maringaespirita@gmail.com.
Foto - Reprodução |
|
|