07.07.2018 |
E o nosso futuro? |
É impressionante a evolução da tecnologia imprimindo mudanças importantes no mundo. Cada dia aparece novas invenções, novas máquinas, novos aparelhos e com eles novos entendimentos e posicionamentos da ciência, das pessoas e do mundo.
Já já estaremos conhecendo e até habitando outros planetas, porque tenho certeza que na imensidão não estamos sós. Os drones dominarão o espaço e mostrarão o mundo para quem quiser e nas mais múltiplas funções serão benéficos ou não. A robótica substituirá grande parte da mão humana. A genética pratica milagres na clonagem, que logo poderá ser a humana. Já já estaremos descodificando o genoma humano, então todas as doenças poderão ser evitadas e curadas e a vida média humana será de 100 anos. Ainda, um futuro mais distante, nem há como imaginar.
Por enquanto, se de um lado a célere evolução tecnológica favorece os sentidos e o conforto para o corpo, por outro lado preocupa os caminhos futuros que serão tomados visando o lucro e o domínio, pelas pessoas, sociedade e países.
É incontestável que a família é a base da sociedade, onde a família ajustada gera a sociedade ajustada. Já hoje, muitas são as conotações várias que alimentam perdas de valores conquistados nos tempos passados, quando os conceitos morais e éticos eram bem mais respeitados, o conjunto social mais harmonioso e a convivência com a natureza e com as pessoas, mais pacífica.
Hoje a mídia está aí mostrando a realidade das aberrações comportamentais no mundo: Assassinatos em massa, pais matando os filhos, filhos matando os pais. A pedofilia e estupros são constantes. Bandos de bandidos zombando da polícia e travando verdadeiras guerras, protegidos por leis fracas e ultrapassadas. Os atentados proliferam no mundo sacrificando inocentes.
A emigração hoje já é problema. Nossos governantes ao revés de serem exemplos, boa parte são quadrilheiros. A alta corte judiciária brasileira nos preocupa muito. As drogas cada vez mais aceitas pela população, oferecendo “viagens de prazer” enganosas à tantos jovens incautos.
A mídia com grande poder de ensinamentos teve a capacidade de transformar nosso enorme mundo num seu quintal. Na busca da audiência e disputas entre si, passa por cima de tudo, mormente dos valores pessoais, familiares e religiosos, mostrando e incentivando os desvios comportamentais e sexuais e até sugerindo-os como qualidades.
Leva os menos informados a crer que as famílias e a sociedade ajustadas são balelas, coisas de caretas, e que a convivência familiar seja libertinagem de condutas. Com novelas, espetáculos e filmes bombardeando os valores familiares, a sociedade passa aceitar comportamentos, como normais, os que antes eram exceções.
A espiritualidade está em segundo plano. A falta da fé prestigia o prazer dos sentidos, altera os valores da vida e torna as pessoas endurecidas. O deus dinheiro força o consumismo mudando o conceito de prazer, importando o valor do ter em detrimento do valor do ser. A maioria de nossos jovens, não estão nas ações religiosas, longe da genuflexão da fé e da humildade.
O desenvolvimento psicológico é precoce estimulado pelos smartphones, tablets, jogos eletrônicos e programas que incitam a materialidade das coisas, absorvem o tempo, mudam objetivos e substituem a leitura e o diálogo. A juventude está muito mudada, vive online enviando e recebendo mensagens boas e ruins nas redes sociais que tanto proliferam. Numa roda de cinco jovens, quatro ficam no celular. Vejo, os meus netos o Davi e o Bruno, 6 e 3 anos, embora bem vigiados, já tomam conta do tablet do vovô e do Ipad da vovó. A precocidade é inexorável e estará cada vez mais pressente e é preciso ser orientada.
Nosso globo terrestre está apodrecendo com tanto desprezo à natureza. Milhões de toneladas de resíduos e fumaças lançadas diariamente na atmosfera pelas indústrias, veículos e motores; toneladas de lixo e dejetos jogadas nos rios e logradouros; a falta de reflorestamento, como eu vi, nos países da Europa e Ásia, bem como o desmatamento arbitrário nos países em desenvolvimento; a extração do fundo da terra, diariamente, de milhares de toneladas de petróleo; o aquecimento global e o descuido com a qualidade do ambiente natural não poderiam ser de outra forma, senão muito preocupantes.
Num planeta já adoentado, com o aumento galopante da população, o ar tomado por radicais cancerígenos, a doença está evidente. Nossa convivência será mais sentida com pessoas com cânceres mais incidentes de pele, mamas, pulmão, intestinos e próstata.
Nosso mundo periga pela destruição do homem.
A perda do valor humano e a libertinagem estimulam o desrespeito aos costumes. A civilidade, cada dia mais desprezada, põe fim aos valores das instituições e culturas.
Persistindo assim, por certo o futuro será preocupante.
Maringá, 2018
João Batista Leonardo
Foto - Reprodução |
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