08.05.2017 |
Maringá reduz índice de infestação da dengue |
A Prefeitura de Maringá, através da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou a atualização do Índice Geral de Infestação Predial (IIP) como forma de analisar a situação da dengue na Cidade.
Incluído no 2º Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRA), as autoridades identificaram infestação de 1,6%, número considerado como de risco médio. Primeiro “Lira” do ano foi de 3%, entretanto, mesmo com a redução, Saúde mantém alerta em todo o município.
O documento contendo os dados obtidos referentes até a última semana de abril mostrou uma considerável diminuição do número de locais com infestação de larvas e mosquitos Aedes aegypti, além de possíveis criadouros do vetor do vírus da dengue.
Ainda presente na faixa de risco médio, Maringá conseguiu reduzir o índice em todos os bairros analisados, em especial em locais onde mutirões de limpeza, como o Programa Bota-Fora, foram realizados desde o início de 2017. Prefeitura afirma que ir irá ampliar programas em prol da saúde da população.
Na manhã dessa sexta-feira, funcionários da Secretaria de Saúde realizaram a apresentação pública dos dados sobre o índice de infestação durante reunião da Comissão Municipal de Mobilização Contra a Dengue, na Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), localizada nas dependências da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ao longo do documento, foram explicados os principais problemas encontrados em cada uma das regiões da Cidade, como uma forma de desenvolver políticas públicas próprias para realidades diferentes dos bairros.
Localidades como o Conjunto Champagnat, Requião II, Jardim Paulista e Colina Verde apresentaram índice de infestação de 3,2%, o mais alto para Maringá, porém, ainda assim, considerado como de médio risco. No último Lira, regiões como o Jardim Alvorada e Vila Morangueira ficaram na primeira colocação do ranking com mais de 7%. Nesta nova análise, ambos os bairros tiveram redução para 2,7%, também na faixa do médio risco. Ao todo, Maringá apresentou 17 áreas com risco moderado.
Em situação mais positiva, três áreas gerais, como o Centro, Zona Sete, Jardim Universitário, Novo Horizonte, Vila Bosque e Vila Esperança foram classificadas como áreas de baixo risco, com índice de infestação abaixo de 1%. Considerada positiva pela Saúde, autoridades da pasta garantem que mesmo com a visível redução, o objetivo é que as áreas mais críticas da Cidade recebam novamente ações da Prefeitura.
De acordo com o Secretário de Saúde, Jair Biatto, a diminuição do índice se deve, sobretudo, a fatores como a intensificação dos trabalhos realizados via Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e dos próprios agentes de Saúde de Maringá. O programa Bota-Fora, idealizado no início de janeiro, pretende recolher objetos de todos os tamanhos descartados pela população em frente às respectivas casas. Com o recolhimento e destinação dos resíduos feito de forma correta, menos lixo se acumula em fundos de vale, fazendo com que diminua a quantidade de possíveis criadouros do mosquito.
Segundo Elizeu Garcia, supervisor geral da dengue em Maringá, o trabalho constante dos agentes de saúde da Cidade tende a diminuir a cada mês o índice de infestação e, consequentemente, o número de pessoas infectadas pela doença. “Além do Bota-fora, que é uma iniciativa importante para a redução de lixo e entulho dentro das casas e em terrenos baldios, o trabalho semanal dos agentes de saúde, indo de casa em casa, ajuda a conscientizar a população sobre os riscos”, explica.
Lixo intradomiciliar
Apesar da mudança no índice de infestação, os dados referentes aos locais onde criadouros foram localizados não sofreu alteração em relação ao último Levantamento Rápido. De acordo com a Secretaria de Saúde, 91% dos locais onde as larvas do mosquito podem ser depositadas foram encontrados dentro das residências, 1% a mais do que há dois meses. Em diversos bairros, de médio e baixo risco, a incidência de locais considerados perigosos foi de 100% como o Jardim Cidade Jardim, Quebec, Parque Residencial Eldorado, Parque das Bandeiras e Zona Sete.
Com isso, a Prefeitura reitera para que o cuidado com o lixo depositado dentro do ambiente familiar tenha maior atenção por parte da população. Situações como focos do mosquito em caixas d’água e pneus sofreram grandes reduções em quase 100% dos bairros analisados, fator que comprova maiores cuidados tomados pelos moradores. Visitas de agentes da saúde continuam a ser realizadas semanalmente em diversificadas regiões de Maringá.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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