13.06.2017 |
Projeto da UEM atua contra o trabalho infantil |
Como forma de atuar diretamente no combate ao trabalho infantil na região, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) realiza de modo permanente projeto de extensão para o desenvolvimento de ações na área. Por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do Governo Federal, a instituição presta assessoria para gestões municipais de Maringá, Sarandi e Paiçandu que vão desde a identificação do trabalho ilegal até o acolhimento de toda a família. Nessa segunda-feira (12), foi realizado o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil.
Criado em 1992, o Programa de Erradicação funciona a partir do repasse mensal, através da Caixa Econômica Federal, de auxílio financeiro às famílias. Em contrapartida, os responsáveis pela criança em situação irregular se comprometem com a total retirada do jovem das atividades laborais, bem como firmam compromisso de que a frequência mínima na escola será de 85%, sob o risco de a iniciativa ser cancelada.
Voltado exclusivamente para famílias com renda per capita em torno de R$ 170 e com jovens menores de 16 em situação de trabalho infantil, o programa de transferência de renda alcançou importantes resultados nos últimos anos.
Em razão do projeto feito diretamente na identificação e resolução de situações de exploração sofrida por jovens, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) considerou em 2015 o Brasil como o líder mundial na luta pela erradicação do trabalho infantil.
Planejado nacionalmente a partir de cinco eixos de atuação estratégica, o Peti busca na base da informação, fiscalização, registro, monitoramento e transferência de renda atuar no centro do problema gera uma série de consequências físicas e psicológicas de milhares de adolescentes em todas as regiões do País.
Na região de Maringá, a elaboração de campanhas e audiências públicas, registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, encaminhamento para serviços de saúde, esporte, educação e cultura, juntamente de ações para a aplicação de medidas protetivas e outras de fiscalização são desenvolvidas pela UEM. Com o intuito de priorizar a educação de crianças e adolescentes de cinco a 15 anos que trabalham foram da condição regulamentada por meio do sistema de aprendizagem, o Programa da universidade é feito a partir de projeto de extensão.
Sob orientação da professora do departamento de psicologia, Gláucia Valéria, e da assistente social Telma Maranho Gomes, com participação de acadêmicos das áreas de ciências sociais, direito, psicologia e assistentes sociais já formados, a assessoria desenvolvida todos os anos foca na identificação de situações de trabalho infantil em Maringá, Sarandi e Paiçandu para que o tratamento destes jovens e das respectivas famílias seja realizado de forma objetiva. Logo de início, principalmente aos responsáveis, ocorre o processo de informação que visa desmistificar qualquer possível visão positiva sobre o trabalho infantil.
Segundo Telma, o trabalho realizado de forma focalizada em Maringá e em outros locais do Brasil na área da assistência social ajudaram a reduzir significativamente os números sobre a incidência de trabalho infantil. A partir do Peti, principalmente, foi possível realizar um mapa nas três cidades atendidas pela UEM. Em Maringá, aproximadamente 3 mil crianças e jovens estão em situação de trabalho infantil fora dos padrões permitidos. Em Sarandi e Paiçandu os números alcançados foram de 900 e 510 crianças, respectivamente.
Nessa segunda-feira, Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, a UEM reforçou a importância da atuação do Projeto de Extensão. Ao longo do ano diversas oficinas de sensibilização, campanhas de conscientização, entre outras iniciativas que trabalham diretamente na sociedade e, principalmente, nos familiares de crianças e adolescentes em situação irregular, a universidade busca a redução progressiva da incidência de exploração. A proposta tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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