04.09.2017 |
Cai o índice de infestação do mosquisto da dengue |
A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgou na manhã de ontem (1º) o 3º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Lira) deste ano.
Pela primeira vez em 2017, foi registrado índice de infestação abaixo de 1%, número considerado como o máximo a ser aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, do Governo Federal.
Gestão classifica ações de combate e prevenção ao mosquito como principais fatores que auxiliaram na redução do índice.
Com o Índice Geral de Infestação Predial do Município (IIP) em 0,9%, Maringá entra a partir deste mês no grupo de cidades com “risco baixo”. Ao longo do ano, a classificação oscilou entre médio e alto, principalmente após grande proliferação do vetor em bairros como o Jardim Alvorada e Vila Morangueira, que causaram preocupação com registro de infestação em torno dos 7%.
Ao longo de oito meses deste ano, Prefeitura registrou redução significativa em todas as regiões de Maringá ou a estagnação dos números em localidades como o Conjunto Requião.
Por volta das 9 horas dessa sexta-feira, no auditório de odontologia da Unicesumar, o secretário de Saúde, Jair Biatto, realizou a apresentação dos dados obtidos no 3º levantamento do ano. Juntamente de Biatto, o vereador Carlos Mariucci (PT) e a enfermeira do programa municipal de combate à dengue, Janete Fonzar, se juntaram aos demais profissionais da saúde maringaense para a visualização dos resultados alcançados.
Depois da redução do IIP de 3% para 1,6% entre janeiro e maio, os dados entre junho e agosto marcaram infestação de 0,9%, fator que coloca a Cidade pela primeira vez no ano no grupo de municípios com “baixo risco”.
A diminuição para menos de 1% foi registrada após análise de 214 mil imóveis de Maringá e dos distritos de Iguatemi e Floriano. Até a última semana de agosto, a Prefeitura registrou 1.640 notificações da doença, entretanto, somente 84 foram positivas.
Apesar da redução generalizada, ainda há preocupação com bairros como a Vila Morangueira, Conjunto Patrícia, Requião e Jardim Alvorada, localidades em que o índice de infestação gira em torno de 3,8%. Haverá apoio de outras pastas nestes bairros específicos a partir das próximas semanas.
De acordo com o Secretário de Saúde, assim como no 2º levantamento, a diminuição do índice se deve principalmente a fatores como a intensificação dos trabalhos realizados por meio da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e dos próprios agentes de Saúde de Maringá. O programa Bota-Fora, idealizado no início de janeiro, tem como objetivo o recolhimento de objetos de todos os tamanhos descartados pela população em frente às respectivas casas. Com a retirada e a destinação dos resíduos feita de forma correta, menos lixo se acumula em fundos de vale, fator que auxilia a diminuir a quantidade de possíveis criadouros do mosquito. A redução da chuva nos últimos três meses também foi considerada um fator importante para o resultado.
Lixo intradomiciliar
Mesmo com a redução no índice de infestação, os dados referentes aos locais onde criadouros foram localizados não sofreram alteração significativa em relação ao segundo Levantamento Rápido de 2017. De acordo com a Secretaria de Saúde, aproximadamente 80% dos locais onde as larvas do mosquito podem ser depositadas foram encontrados dentro das residências.
A Prefeitura orienta para que a população tenha maior atenção com o lixo depositado dentro do ambiente familiar, como em quintais.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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