17.01.2012 |
Procon alerta para que consumidor tenha cuidado com as lojas virtuais |
Que tal comprar aquele produto que você tanto sonhou por um preço abaixo do mercado e melhor, sem sair de casa? Parece um negócio da china, não é mesmo? Mas cuidado para não levar gato por lebre, pois adquirir algo em lojas virtuais exige cuidados que não devem ser ignorados pelos consumidores. De acordo com o Procon de Maringá, a investida dos consumidores em compras por impulso na internet é uma das maiores armas a favor dos golpistas nesse meio, por isso, todo o cuidado é pouco.
Segundo o órgão de defesa do consumidor, o índice de reclamações sobre problemas envolvidos na compra de produtos e serviços no mundo virtual é baixo em Maringá, mas que precisa ser observado. “O risco é muito grande para quem compra na internet já que não dá para se ter acesso ao produto antes da aquisição. É preciso pesquisar se a empresa faz um trabalho sério. Não adianta comprar por impulso”, disse o diretor do Procon de Maringá, Dorival Dias.
Por conta dos problemas que as pessoas podem enfrentar, o órgão alerta para que o consumidor fique atento com as lojas virtuais e pesquise antes de realizar as compras. “As pessoas devem e podem usar a internet a seu favor nessa hora. É pesquisar se a empresa existe, se tem um registro válido, se não é um empreendimento novo, se há reclamações negativas e principalmente se a compra é realmente necessária”, afirmou Dias. “É possível sim comprar produtos com um preço melhor nesse ambiente, mas se o consumidor tiver problemas com a compra e a empresa não for de Maringá nós vamos ter dificuldades em ajudar o consumidor”, alertou o diretor do Procon.
Os problemas mais recorrentes na aquisição de produtos no comércio eletrônico são a não entrega dos produtos, mercadorias com defeito e a dificuldade dos consumidores em pedir a troca ou cancelamento da compra, garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Os direitos do consumidor nem sempre são respeitados pelas lojas. O consumidor tem que correr atrás do prejuízo e é para isso que serve o Procon”, frisou Dias. “Na compra pela internet a lei determina que a pessoa tem até 7 dias para poder se arrepender da aquisição, então, se teve problemas o consumidor pode cancelar.
Passado esse período é preciso ficar atento à garantia”, contou o diretor do Procon.
De acordo com o órgão, toda a documentação relacionada à compra deve ser guardada como em uma aquisição em uma loja física e a descrição dos produtos devem conter informações claras ao consumidor. “Tudo que for anunciado deve ser cumprido pelas empresas. As pessoas tem que olhar as questões da garantia do produto e as informações da descrição. É preciso também questionar as lojas se houverem dados suspeitos”, disse Dias.
Em caso de problemas, o Procon orienta que os consumidores tentem solucionar as questões com o fornecedor do produto antes de procurar o órgão. A justiça pode ser procurada caso não haja diálogo com a loja e o Procon não puder intermediar uma solução.
RECLAMANDO NA INTERNET
Existem sites que, além do Procon, ajudam a dar voz para os problemas dos consumidores e solucionar falhas entre os clientes e as empresas.
O ReclameAQUI
(www.reclameaqui.com.br) disponibiliza um espaço para as reclamações de compras de produtos e serviços. No ranking das cinco empresas com maior queixa nos últimos 12 meses estão a Americanas (www.americanas.com) e o Groupon (www.groupon.com.br).
Ricardo Andretto
Foto: Reprodução |
|
|