24.12.2014 |
Pupin concede entrevista e fala sobre Maringá |
O prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin falou sobre seu mandato, respondeu questões que são de interesse da população, reafirmou compromissos e desejou aos munícipes um bom final de ano.
O chefe do Executivo falou sobre a PPP dos Resíduos, transformar Maringá em um polo aeronáutico, progresso, Contorno Oeste, transporte público e demais assuntos.
JP - Qual a posição da prefeitura sobre o assunto já que teve tanta repercussão contrária no município e também com alguns vereadores que propuseram a revogação da Lei. As adequações feitas pelo TCE estão sendo realizadas, os ajustes necessários e os esclarecimentos nos documentos vão acontecer?
Pupin: Nossa posição é de absoluta transparência em relação à PPP de Resíduos. Apresentamos uma alternativa que julgamos a mais eficaz para a coleta, tratamento e destinação de resíduos. O projeto foi apreciado e aprovado pela Câmara.
Posteriormente o projeto de PPP dos Resíduos foi apresentado em audiência pública no dia 12 de setembro. Imediatamente o teor da proposta foi disponibilizado em consulta pública através do site da Prefeitura por 40 dias, sendo apresentadas 16 sugestões da comunidade. O parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado se deu pela análise da minuta do projeto disponibilizado na consulta.
Quando repassado ao TCE o teor desse contrato, imediatamente o processo foi liberado e volta aos trâmites normais. Também estamos à disposição de todos os setores da sociedade para esclarecer todas as dúvidas sobre todo o processo da PPP dos Resíduos.
JP - Esse ano Maringá recebeu um grande evento que foi a Feira de Aviação. Ouvimos novamente sobre a vinda de uma fábrica de avião para o município. Existe uma negociação e, se sim, como está?
Pupin: Existe sim uma negociação. Várias empresas estão interessadas em se instalar no Polo Aeronáutico de Maringá, inclusive uma montadora de aereonaves. São investimentos elevados, que vão colocar toda a região em um novo patamar de inovação e desenvolvimento. Nossa expectativa é que a partir de 2015 empresas iniciem a implantação de suas unidades na área do entorno do aeroporto.
JP - O senhor falou que “o aeroporto é a porta de entrada para o progresso”. Infelizmente estamos vendo aeroportos maiores que o de Maringá deixando a desejar no quesito acessibilidade, principalmente. O que será feito para que Maringá já cresça não tendo esse e outros problemas?
Pupin: Falei que o nosso aeroporto é a porta de entrada para o progresso porque temos números que comprovam esta afirmação. Este ano já batemos o recorde de passageiros, com mais de 800 mil embarques e desembarques antes mesmo de fechar 2014. Número que supera o recorde anterior, de 2012, com 756 mil passageiros. Como somos um centro de uma região de negócios, da agricultura ao ensino superior, boa parte dos passageiros que passam por aqui significa movimento da nossa economia. Também investimos na infraestreutura do nosso aeroporto, que está entre os melhores do Brasil e na mira de muitos investidores.
JP - As obras do Contorno Oeste da UEM estavam programado para o próximo dia 15, isso vai realmente acontecer ou ainda existe algum impasse?
Pupin: Os trabalhos no Contorno Oeste da UEM já começaram. É uma das mais importantes obras de mobilidade urbana da nossa administração. O que estamos realizando naquela região, com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) são intervenções para o binário norte-sul dentro de um projeto bem mais amplo, que vai desafogar a avenida Morangueira, a Mandacaru e a Pedro Taques, atendendo 30 mil usuários do transporte coletivo.
Além da duplicação da Lauro Werneck, vamos adequar ruas, fazer aberturas, prolongamentos. E com recursos do PAC 2 vamos fazer o outro contorno da UEM, pela avenida Herval.
JP - O Terminal Intermodal vai sair do papel e da promessa de campanha do senhor? A obra custará R$ 69 milhões e atenderá todas as linhas urbanas e metropolitanas, contando também com transporte de passageiros por trilhos. Prefeitura pretendia lançar licitação até dezembro de 2014.
Pupin: O projeto do Terminal Intermodal já está pronto e a previsão é iniciar as obras no primeiro semestre de 2015. Vai ser uma área de 22 mil metros quadrados para atender as linhas urbanas e metropolitanas e a infraestrutura pronta para operar o transporte de passageiros por trilhos. O Terminal Intermodal faz parte do projeto global de mobilidade urbana, incluindo a implantação de novos corredores do transporte coletivo e outras interferências que já estão em andamento como a ciclovia da avenida Brasil.
JP - A frota de veículos de Maringá cresceu 44% nos últimos cinco chegando 295 mil veículos. Vendo esses números, qual a saída, quais os projetos de mobilidade que poderão ser aplicados?
Pupin: A saída é adequar a cidade a essa nova realidade, ao mesmo tempo incentivar o transporte coletivo e outras alternativas como a bicicleta. Caminhamos nesse sentido, com projetos que estão agilizando o tráfego de veículos, especialmente os ônibus do transporte coletivo. Também apresentamos o Plano Cicloviário, que vai ampliar nossa rede e promover a interligações de ciclovias e ciclofaixas, incentivando a mobilidade por bicicleta.
JP - Ainda nesse assunto de mobilidade, as modificações na Avenida Brasil estão sendo realmente válidas. Ter a ciclovia no trecho e ter retirado o estacionamento será realmente uma substituição proveitosa?
Pupin: Minhas convicções estão sintonizadas com minhas práticas de administrador. Entendíamos a necessidade de fazer intervenções na avenida Brasil. Se no início houve vozes discordantes, hoje a ciclovia da avenida Brasil vem sendo elogiada porque contempla o nosso projeto de mobilidade urbana que resultará em mais de 80 quilômetros de pista para os ciclistas na nossa malha viária. A vida de um gestor é feita de decisões, às vezes fáceis, às vezes difíceis. Mas sempre é preciso que sejam tomadas.
JP - Projetos para área da saúde em Maringá. Novas UBSs, ampliação de atendimento. O que fazer para melhorar a qualidade da saúde no município?
Pupin: A qualidade da saúde de Maringá é reconhecida por quem usa e principalmente por quem fiscaliza. O ministro Arthur Chioro esteve na cidade para lançar o Portal Saúde Maringá, e levou o programa como referência para a implantação do Cartão Nacional do SUS.
O portal também recebeu dois prêmios este ano como programa que melhora o atendimento ao cidadão, que vieram junto com outro prêmio, conquistado por uma Unidade Básica de Saúde justamente pela qualidade no atendimento. Agora recebemos também a auditoria de dois técnicos da Unidade Técnica do Mais Médicos da Organização Pan-americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde, que elogiaram a estrutura das Unidades Básicas e o atendimento do programa em Maringá.
JP - Qual a avaliação da administração no ano de 2014?
Pupin: Tivemos um ano de grandes realizações em todas as áreas da administração. Para uma cidade como a nossa, que não para de se desenvolver, os desafios ocorrem em todos os setores, e estamos conseguindo atender essas demandas.
Maringá se mantém com números expressivos em todas as áreas porque nunca deixamos de ter em mente o compromisso de manter a qualidade de vida desde que assumimos o mandato. Nosso objetivo é avançar construindo uma cidade cada vez melhor.
JP - Haverá mudanças no secretariado em 2015?
Pupin: Sim, faremos mudanças no secretariado. Estamos definindo algumas situações e já no início de janeiro vamos informar na totalidade sobre a reforma administrativa que estamos realizando.
JP – O prefeito gostaria de deixar alguma mensagem aos munícipes?
Pupin: Desejo a todos os maringaenses um Ano Novo repleto de realizações com as bênçãos de Deus. Agradeço todas as manifestações de carinho e de amizade recebidas por mim e pela minha família. Ano novo e novos desafios surgem. Com fé em Deus e muito trabalho vamos vencê-los, sempre buscando fazer de Maringá uma cidade cada vez melhor.
Danyani Rafaella
Foto - Reprodução |
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