18.07.2017 |
Procon investigará preços de combustíveis |
O Procon de Maringá enviou no último final de semana um ofício à Câmara Municipal com o intuito de se obter informações sobre todas as legislações municipais referentes ao funcionamento de postos de combustíveis na Cidade.
Criada a partir da reclamação de parte da população e em virtude do preço estar acima de outros municípios do Paraná, inclusive da região, o órgão de defesa do consumidor irá apurar quais motivos levam a formação do atual preço da gasolina, etanol e diesel.
A ação teve como ponto de partida o pedido formal ao Legislativo para que leis em vigência em Maringá e que possuam relação à regulamentação do mercado de combustíveis sejam compilados. A partir da reunião dos projetos aprovados, antigos ou recentes, fiscais do Procon pretendem analisar por quais razões há um encarecimento acima da média estadual na Cidade, bem como possíveis irregularidades cometidas por empresários.
De acordo com Danilo Bueno, gerente de Planejamento do Procon, as análises serão iniciadas nas próximas semanas, assim que a Câmara finalizar a reunião dos projetos. “Com as leis em mãos, vamos fazer estudos para ver de onde surge o preço do combustível em Maringá. A Câmara ainda não informou uma data, mas esperamos aproximadamente por uma semana para que tudo esteja finalizado. Esta ação do Procon será diferente de outras já realizadas este ano por conta de que para se descobrir os motivos do preço acima de cidades do Paraná é preciso uma operação mais elaborada”, explica.
No primeiro trimestre deste ano, o Procon de Maringá realizou ação em aproximadamente 30 postos da Cidade onde se retirou amostras de gasolina e etanol, enviou ao laboratório da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e registrou a qualidade dos combustíveis a venda para maringaenses. A operação não registrou qualquer irregularidade como adulteração por meio da adição de álcool ou outras substâncias para aumentar o volume do combustível. Apesar de não ter sido encontrado nada fora dos padrões legais, o Procon novamente irá focar nos postos em razão de constantes reclamações por parte da população.
Ainda sem informações detalhadas sobre como será a operação, o Procon de Maringá busca identificar fatores externos ao mercado, como maior dificuldade no recebimento dos combustíveis, até mesmo a possibilidade de acordos entre empresas concorrentes para a fixação de uma média de preços, prática chamada de cartel e considerada ilegal. A ação nas ruas só terá início após o agrupamento das leis, em razão disso nenhum estabelecimento da Cidade foi visitado até o momento.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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