10.10.2018 |
População em situação de rua é tema de reunião |
Diversas autoridades de Maringá participaram na manhã de ontem (10) de uma reunião para se discutir as formas de atendimento a população em situação de rua da Cidade. Com o objetivo principal de atualizar as técnicas desde a abordagem até o encaminhamento para entidades especializadas, a iniciativa surgiu a partir da Prefeitura de Maringá, por meio de secretarias, juntamente do Ministério Público (MPPR) e da Polícia Militar. Novo encontro está marcado para amanhã (12).
Representantes das secretarias de Assistência Social e Cidadania (Sasc) e Saúde, com o promotor de Justiça, Maurício Kalache, do 4º Batalhão de Polícia Militar, da Guarda Municipal, do Albergue Municipal e do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) se reuniram nessa quarta-feira pela primeira vez em 2018 de forma unificada. A fim de se debater modificações nas políticas públicas para a área e se rediscutir possíveis alterações estruturais, o grupo busca alcançar uma decisão que seja a mais próxima do ideal para que as práticas sejam aplicadas nos próximos meses.
Na terça-feira (9) um encontro menor já havia ocorrido como forma de nortear as discussões durante esta semana. A iniciativa que já seria realizada ganhou ainda mais importância após uma briga entre dois homens na Rua Fernão Dias, próximo ao Centro POP e ao Albergue Santa Luzia de Marilac. Agressões e outras situações de cunho policial nas proximidades do local nos últimos meses resultaram na necessidade de buscar a identificação e o entendimento das causas que levam as pessoas para as ruas da Cidade.
O encontro de ontem realizado na sede do Ministério Público debateu, sobretudo, a necessidade de alterar a forma que as abordagens para aplicação de questionários e visualização das principais necessidades são feitas. Por parte do representante do MP, Kalache defendeu que estes procedimentos deveriam ser promovidos em horários que o Centro POP e o Albergue oferecem refeições para a população em situação de rua, dentro das próprias instituições. Com esta forma, poderá haver maior comodidade para assistentes sociais que estão em trabalho simultaneamente a maior interesse a participação. Também foi debatida uma Ação Integrada de Fiscalização Urbana (Aifu) com caráter social para as próximas semanas.
Além desta primeira etapa que deverá ser modificada, a possibilidade de alteração se estende para as forças de segurança pública de Maringá. Apesar de uma discussão inicial, nesta sexta-feira representantes da Polícia Militar e da Guarda Municipal deverão discutir juntamente dos demais profissionais sobre como proceder em casos de violência entre moradores em situação de rua, como atender a chamados da população que se sente incomodada por diversas situações, entre outros casos em que a abordagem policial feita de maneira inadequada poderá surtir em um agravamento da situação.
Até o momento, a única deliberação confirmada é a definição de um grupo de estudos por meio das secretarias municipais para se discutir um local em Maringá para o recebimento da unidade do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua. Pedido pelo Ministério Público, a iniciativa é defendida como um método que trata benefícios para a população do entorno da Zona Seis, os profissionais que trabalham diretamente e as próprias pessoas que enfrenta a situação de vulnerabilidade. Novos encontros poderão ser agendadas após a reunião de amanhã.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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