27.04.2018 |
Multas em trecho criticado no Contorno Sul não serão canceladas |
Há pouco mais de uma semana, vereadores utilizaram do tempo nogrande expediente na Câmara Municipal para iniciar uma discussão sobre a possibilidade de cancelamento de milhares de multas aplicadas nos últimos meses na Cidade, especialmente no Contorno Sul.
O trecho mais mencionado pelos parlamentares se deve a proximidade com a Avenida Carlos Borges, onde, segundo a argumentação utilizada, a variação em poucos metros do limite máximo de velocidade confunde os motoristas.
Com participação popular através das redes sociais e cobranças para que a questão seja revista, os vereadores Do Carmo (PSL) e BelinoBravin (PP) se reuniram nessa quinta-feira (26), pela manhã, com o secretário de Mobilidade Urbana (Semob), Gilberto Purpur.
Apesar das explicações sobre a possibilidade de falhas na sinalização ou irregularidades, o entendimento por parte do Executivo é de que todas as especificações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) são seguidas dentro da legislação.
O debate foi iniciado no dia 17 deste mês, na Câmara, após fala de Belino Bravin, que foi corroborada por outros vereadores que ingressaram na discussão e relataram a necessidade da Prefeitura, especialmente por meio da Semob, analisasse a questão.
Para Rogério do Carmo, Bravin e Chico Caiana (PTB), que mais criticaram as multas no Contorno Sul, inúmeros motoristas foram prejudicados com penalizações, em dinheiro e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Outros locais de Maringá não foram alvos de críticas específicas, entretanto, por conta das reclamações de mudanças como no Contorno Sul, onde o limite de velocidade da via segue em 80 km/h e, próximo a um cruzamento, é reduzido para 60 km/h, acompanhado de um radar, a reclamação se deve a metodologia. Com uma possível modificação estrutural e perdão das infrações por esta possível irregularidade argumentada pelos parlamentares, cerca de 17 mil multas seriam anuladas, fato completamente descartado por Purpur. De cinco equipamentos instalados no Contorno, dois toleram veículos com até 80 km/h e outros três no máximo a 60 km/h.
Segundo Do Carmo, apesar da negativa do secretário, o assunto não está encerrado e as críticas vão continuar, além do planejamento sobre a melhor medida a ser tomada. “Este radar que nós estamos criticando precisamente, somente ele, foi responsável por quase 60% das multas de Maringá. É muita multa em um único ponto.
Isso acontece porque o aparelho está em um lugar pouco visível e em uma via que é 80 km/h por muito tempo e só muito próximo ao radar que há uma placa pra informar. Quem tomou uma multa neste local tem que continuar se manifestando”, explica o vereador.
Outra crítica sustentada pelo parlamentar se deve a ausência de informações repassadas pelo Executivo, que foram solicitadas via requerimento, como o número de acidentes no local. Para Do Carmo, segundo o estudo técnico sobre a viabilidade dos radares, realizado em 2017, para embasar um plano, o trecho polêmico não há registro de qualquer acidente, fato que não justifica a implementação de um equipamento para medir a velocidade dos veículos.
“Eu moro em Maringá há bastante tempo e conheço a cidade. Naquele local, que é novo para a população, não há problemas com acidentes. Muita gente está sendo prejudicada por algo que ali não precisa. Nós vamos estudar para ver qual a melhor forma de resolver esta situação, pode ser por meio de uma ação coletiva, inclusive. Vamos ver qual é o melhor meio para que na semana que vem a gente acione a Justiça”, finaliza o vereador, ao garantir o apoio a motoristas que receberam multa no trecho.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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