17.05.2018 |
Danos por temporal são reparados |
Diversas entidades municipais passaram a madrugada e a manhã de ontem (16) em atendimentos a ocorrências geradas pela chuva que atingiu Maringá na noite de terça-feira (15).
Após pouco mais de 1h30 de temporal, especialmente na Zona Norte da Cidade, dezenas de árvores foram arrancadas, postes quebrados, fiações danificadas e quase 30 mil residências e lojas sem energia elétrica. Apesar dos prejuízos causados, não houve registro de feridos.
Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), durante a chuva que teve início às 21h30, rajadas de vento detectadas se aproximaram da casa dos 80 quilômetros por hora. Acompanhado de mais de 15 milímetros de precipitação, danos foram registrados com maior intensidade em bairros como a Vila Morangueira, Jardim Oásis e em regiões localizadas no final da Avenida Guaiapó e Tuiuti. Diversas equipes revezaram os atendimentos a ocorrências até por volta do meio-dia dessa quarta-feira.
Desde o começo da chuva, equipes da Defesa Civil de Maringá, da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) e da Companhia Paranaense de Energia (Copel) foram acionadas por dezenas de moradores sobre quedas de energia, prejuízos causados pela queda de árvores e postes, entre outras situações. Diante dos fortes ventos, incontáveis galhos, de todos os tamanhos, bloquearam ruas e avenidas, além do trancamento de moradores dentro das próprias residências.
Segundo o diretor da Defesa Civil, Adílson Costa, até o começo da tarde de ontem 15 árvores de grandes proporções foram arrancadas pela raiz. Ao menos duas caíram sobre postes por conta do rompimento da fiação, gerou a interrupção do fornecimento de energia elétrica. Houve o registro de sobrecarga em pelo menos quatro transformadores em bairros variados, fato que também levou ao corte imediato de luz. Por sorte, ninguém foi atingido por descargas elétricas.
Mesmo com os prejuízos causados pela chuva, o diretor da entidade garante que o trabalho de remoção de árvores condenadas nos últimos meses faz com que os danos sejam amenizados progressivamente. “Pela chuva que tivemos nessa terça-feira, se isso ocorresse há dois anos teríamos mais prejuízos, umas 50 árvores teriam caído, além dos postes danificados. Com mais de 4 mil remoções de árvores comprometidas, em tempestades como estas os danos são reduzidos”, explica.
Ainda de acordo com Costa, o trabalho em conjunto da Defesa Civil, Semusp e Copel amplia o atendimento à população e reduz os problemas gerados. “Não tivemos o caso de destelhamentos ou danos graves em residências, porém, estávamos preparados para atender ocorrências deste tipo. Os casos mais urgentes foram a desobstrução de vias e o trabalho para retornar a energia o quanto antes. Infelizmente pelos rompimentos de cabos, muitas pessoas ficaram sem energia até o final da manhã, mas é algo que demanda mais tempo. Nestes casos tentamos auxiliar da forma possível, especialmente comerciantes que podem ter grandes prejuízos com a falta de luz por um período”.
A Defesa Civil alerta a população para que em dias de chuva forte evitem se abrigar embaixo de marquises e árvores, além de não estacionar os veículos nestes locais. Ao mesmo tempo, há o risco do rompimento de cabos de alta tensão, fato que pode levar a descargas elétricas fatais.
Para ter maior conhecimento sobre as condições meteorológicas de Maringá, o órgão recomenda o cadastro gratuito no sistema via SMS, que informa sobre alertas de temporais. Para se cadastrar basta enviar uma mensagem de texto para o número 40199 com o CEP da residência onde mora, ou outro local de interesse, que ao menos duas horas antes da tempestade a Defesa Civil encaminha um aviso.
ÁREAS DE RISCO
Nesta quarta-feira a Defesa Civil estadual informou o encaminhamento de drones para Maringá e outros 18 municípios do Paraná. A iniciativa visa o mapeamento de áreas de risco em todo o Estado como forma de ampliar a cobertura da entidade, fato que irá reduzir o tempo de resposta em caso de desastres naturais, especialmente enchentes. Com capacitação de servidores ao longo desta semana, o intuito da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil é diminuir os riscos de ferimentos ou até mesmo mortes causadas principalmente após fortes temporais.
Matheus Gomes
Foto - Reprodução |
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