21.02.2014 |
Presos da 9ª SDP serão transferidos |
A transferência de presos da 9ª Subdivisão Policial (SDP) para a Casa de Custódia de Maringá (CCM) deve ocorrer somente em março. Há 30 dias, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (SEJU) anunciou o esvaziamento do minipresídio para fevereiro. As obras de manutenção e reforma da CCM ainda não estão prontas.
De acordo com o mapa carcerário da SEJU, 334 detentos ocupavam, nesta quinta-feira (20), as celas projetadas para 114. Superlotação que deve ser resolvida com a liberação de 383 vagas na Casa de Custódia, destruídas após rebelião ocorrida em 2009.
A entrega da reforma, no entanto, somente deve acontecer em março, contrariando o anúncio feito pela secretaria em janeiro. “As obras são realizadas por blocos. Concluímos o primeiro e passamos para o segundo, onde temos mais de 70% dos trabalhos concluídos. Falta, no entanto, o terceiro destes setores”, afirma o diretor da unidade, Valdecir Glalik Alves.
Segundo Alves, houve diminuição da quantidade de operários nos últimos 15 dias. O diretor não soube informar, porém, se a redução está prevista dentro do cronograma das obras. Um relatório de vistoria, realizada por engenheiros da SEJU e Departamento de Execuções Penais (Depen) na manhã de ontem, deve chegar à unidade nos próximos dias.
“Temos acompanhado os trabalhos e dado o apoio de segurança necessário. Nossa equipe, independente de prazos para a chegada dos presos, está em readequação e treinamento. Questões de roupas e alimentação, por exemplo, já foram reavaliadas”, garante o diretor, sinalizando o término das obras como único empecilho para a transferência da 9ª SDP.
Procurada de maneira insistente pela reportagem, a assessoria da Secretaria de Justiça não retornou às ligações para esclarecer a superlotação e os novos prazos.
MOTIM
A Polícia Civil conteve, na manhã de ontem, uma nova tentativa de fuga no minipresídio. Cerca de 330 detentos estavam no pátio, quando um grupo fez uma pirâmide humana para escalar o muro.
Conforme a diretoria da carceragem, havia familiares com os presos durante o princípio de motim, que estavam em horário de visitas.
Tiago Mathias |
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