21.05.2014 |
Polícias do Paraná não aderem à Mobilização Nacional |
Os sindicatos dos policiais Civil e Federal no Paraná não confirmaram adesão à Mobilização Nacional de 24 horas programada para esta quarta-feira.
O ato, organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), quer o nivelamento de salário, melhores condições de segurança e infraestrutura para a categoria em todo o País.
De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), a negociação do pagamento de promoções com o Governo, entre outros, inviabiliza a paralisação dos trabalhos. Em nota, o presidente da associação, André Gutierrez, afirmou que “o momento não é pertinente”.
Para ele, o rompimento unilateral do acordo colocaria tais pleitos em risco. “Aguardaremos a aplicação do dissídio, o pagamento da promoção 2013, progressão, seus retroativos e as contratações, sem esquecer-se da retirada de presos das delegacias”.
Em Assembleia Extraordinária, realizada na última quinta-feira (15), os policiais civis do Paraná decidiram não entrar em greve e acompanhar as ações do Executivo Estadual em relação às transferências de presos das delegacias para unidades prisionais e à contratação dos aprovados no concurso de 2010.
Desde então, o Sinclapol afixou um prazo de 30 dias para que o Governo apresente um cronograma do pagamento das promoções referentes a 2013, sobre a contratação de 461 policiais e a aprovação do novo Estatuto, além da negociação salarial para o próximo ano.
Já o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (SINPEF-PR) convocou Assembleia Geral Extraordinária para as 13h de hoje. As reuniões, no entanto, não devem interferir nos serviços considerados essenciais, como a emissão de passaportes e plantões de atendimento e aeroportuário.
MOBILIZAÇÃO
Pelo menos 10 representações sindicais tinham aderido à Mobilização Nacional até o fechamento desta edição. Segundo informações da Cobrapol, policiais civis dos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo cruzarão os braços nesta quarta-feira.
As associações de São Paulo e Minas Gerais e São Paulo também devem realizar manifestações ao longo do dia. Além dos policiais civis, federais, rodoviários federais e militares também devem aderir ao movimento.
MOTIVOS
A paralisação dos trabalhos, segundo a Cobrapol, está baseada nos seguintes apontamentos:
- Taxa de 27,4 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas;
- 50.108 mortes registradas no Brasil em 2012;
- Diminuição dos investimentos em Segurança Pública;
- Baixo efetivo policial em relação ao número de habitantes;
- Elucidação de apenas 8% dos crimes;
- Falta de treinamento para trabalhar durante a Copa do Mundo.
Tiago Mathias
Foto - Reprodução |
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