Maringá está na rota da “Cartas Marcadas”, que investiga conluio de empresas “laranjas”, criadas para fraudar licitações nas prefeituras.
A Operação Cartas Marcadas descobriu um verdadeiro conluio de empresários de montavam empresas “laranjas” para fraudar licitações nas prefeituras visando o processo de aquisição de uniformes escolares. Os falsos empresários são todos de Santa Catarina, mas atuavam no Paraná, no estado de origem , no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso.
A fraude foi detectada na Prefeitura de Londrina por meio da Secretaria de Gestão Pública em 2018. A partir daí o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e o Gepatria (Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa) deflagraram a Operação Cartas Marcadas. Ontem, os policiais desses dois grupos saíram a campo para cumprir cinco mandados de prisão e 20 de busca e apreensão nos municípios e Estados onde o conluio vinha funcionando.
Entre as cidades paranaenses apontadas como redutos de atuação dos fraudadores de licitações públicas estão Indaial e Joinvile (Santa Catarina); Campo Mourão e Maringá (Paraná) e Várzea Grande (Mato Grosso). Os empresários suspeitos são investigados por falsidade ideológica, uso de documentos falsos e associação criminosa. O Ministério Público do Paraná identificou 17 municípios em que o grupo participou de concorrências públicas no Estado.
Conforme investigações as empresas pertenciam a pessoas ligadas entre si, por parentesco ou amizade, o que facilitava a quebra do sigilo das propostas encaminhadas em envelopes fechados para as Prefeituras. O ponto de partida das investigações foi a denúncia feita pela Prefeitura de Londrina. Agora o MP inicia uma nova fase das investigações, que tem como objetivo descobrir a possível participação de agentes públicos no esquema.