A direção do shopping destruído pelo fogo nesta segunda-feira em Maringá disse que os lojistas trabalhavam intensamente na preparação do lançamento da coleção de verão, programada para 17 de agosto e com perspectiva de muito sucesso. Tanto comerciantes quanto comerciários viam com otimismo a possibilidade real de retomar a vida normal do shopping a partir do lançamento da nova coleção. Mas a esperança virou cinzas com o incêndio que destruiu cerca de 60% do prédio.
“A gente estava se preparando para esse verão. A gente está sofrendo com a pandemia, então estava feliz que agora ia voltar a vender com o verão. Pra mim é um filme, não estou acreditando”, disse a lojista Maria Dolores Medina Golin, que teve suas duas lojas destruídas pelo fogo. “Pelo menos três mil peças de roupa que estavam no estoque foram embora”, lamentou.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo, que começou às 3h de segunda-feira, atingiu 20 mil dos 34 mil metros quadrados do shopping, destruindo mais da metade das 200 lojas ali existentes. “Agora é seguir adiante. Não tem outro jeito. Esse é meu ganha pão”, afirmou a empresária Maria Dolores. A superintendência do shopping trabalha no sentido de levantar o astral dos lojistas, informando que o lançamento ainda pode acontecer de modo online. Uma ala nova que seria inaugurada no local deve abrigar os lojistas afetados pelo incêndio. Até o início da pandemia, o Avenida Fashion movimentava cerca de R$ 15 milhões com a venda de 150 mil peças de roupas mensalmente. Para tentar descobrir as causas do incêndio o superintendente do shopping, Alexandre Vivian, anunciou a contratação de um perito particular.
Prefeitura anuncia apoio – O prefeito Ulisses Maia anunciou ontem que estuda uma forma de apoiar os empresários do shopping destruído. Algumas da medidas seria a isenção de ISS, suspensão de tributos e apoio do fundo de aval para financiamentos aos lojistas, para que eles possam recompor seus estoques. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas.
Redação JP
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