Faleceu Kenji Ueta, 93, um dos pioneiros de Maringá e uma dos principais nomes da comunidade nikkey regional. Ele estava hospitalizado há dias, vítima de covid-19; e na sexta-feira da semana passada faleceu Yoshiko Nakagawa Ueta, 91, sua esposa, com quem conviveu por 73 anos.
Reportagem de Renan Colombo na Gazeta do Povo, em 2010, contou a trajetória de Kenji Ueta, pai do empresário e também fotógrafo Shiniti Ueta, que também está internado com covid-19, e de Akemi Ueta, esposa do deputado federal Luiz Nishimori, e pré-candidata a prefeita de Maringá. A família do fotógrafo chegou ao Brasil em 1933, atraída pelas propagandas positivas sobre o país.
“Diziam que em três meses se enchia um saco de dinheiro”, lembra. Após 48 dias de viagem no navio Kasato Maru, que atracou em Santos, a família se estabeleceu no interior paulista. Trabalhou na lavoura, com a ideia de juntar dinheiro e voltar para casa. Mas como era preciso dividir metade dos lucros com o patrão, os japoneses acabaram ficando no Brasil. Kenji Ueta tinha um dos maiores acervos de fotografia desde o surgimento até a Maringá de hoje, e que ele doou para o Museu Cesumar.
Não houve velório e o corpo foi cremado no Crematório Ângelus de Maringá.
Ângelo Rigon
Foto – Reprodução