Meteorologistas da Somar Meteorologia informaram que a grande quantidade de fumaça no céu de Maringá tem influência das queimadas no Pantanal. O profissional da área, Fábio Luengo, disse que grande parte do Paraná está sendo atingida pela fumaça. Desde o início da semana, muitos moradores comentaram a coloração do tempo e até mesmo o odor de fumaça.
Em entrevista para o site GMC Online, o meteorologista disse que a fumaça chega até o Paraná por conta de uma forte corrente de vento há mais ou menos 1,5 mil metros de altitude chamada de jato de baixos níveis.
“Está na rota desse jato a região do Pantanal. Neste momento o jato passa pela região do Pantanal e chega até o Paraná. Conforme os dias vão passando, as fumaças vão se intensificando, a dispersão dessas fumaças ganha força chegando até mesmo a Curitiba”, disse Luengo.
O satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou o jato de fumaça descendo do Pantanal em direção ao Paraná.
AJUDA
A força-tarefa de 30 militares do Corpo de Bombeiros do Paraná saiu, ontem, do Estado para contribuir nas ações de combate a incêndios florestais na região do Pantanal. No efetivo, que vai passar 15 dias no Mato Grosso do Sul, estão três bombeiros de Maringá: a 1ª tenente Luisiana, o 1º sargento José Luiz e o cabo Bruno.
“Eu sou preparada nessa área de prevenção e combate a incêndio florestal desde 2014 e os outros dois foram escolhidos pelo tempo de serviço e a capacidade deles no serviço. É muito importante participar de tudo isso, fauna e flora estão sofrendo, uma oportunidade de ajudar a amenizar toda essa destruição que está acontecendo. Estamos prontos e queremos fazer o melhor trabalho. Nossa base será em Corumbá, mas a área de atuação é muito maior que apenas uma região”, disse a tenente Luiziana.
Do 5º Grupamento de Bombeiros também estão saindo duas caminhonetes com kits de combate a incêndio florestal, composto por motobomba a combustão, reservatório de água, mangueira de alta pressão e esguicho. Materiais de queima, corte e navegação terrestre também foram enviados.
“Para não correr risco, precisamos ter cuidado e seguir protocolos. Traçar uma rota de fuga é necessária para que não nos coloquemos em risco”, finalizou a tenente.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução