Como diria o ditado popular, o prefeito Ulisses Maia está provando do próprio veneno. Assim como ele se voltou politicamente contra o prefeito Silvio Barros que serviu em campanha e na prefeitura, agora candidato à reeleição tem contra ele dois de seus ex-secretários.
Rogério Calazans (Avante), foi titular do Procon, secretário de Gestão e Procurador Jurídico. Eliseu Fortes (Patriota) foi diretor do Gabinete do Prefeito e Controlador Geral do Município.
Ambos têm considerações ácidas sobre a administração atual de Maringá. Críticas respaldadas pela vivência diária a prefeitura. Com o que trarão à superfície durante a campanha justificarão inclusive os motivos para deixar as secretarias que ocupavam na gestão de Ulisses.
Pessoal que acompanha a política está com o radar no deputado estadual Delegado Jacovós (PL). Está “brigado” com seu partido por várias iniciativas que considera meio que ditatoriais do deputado federal Luiz Nishimori.
Em Apucarana, cidade onde Jacovós é campeão de votos, Nishimori – que teve poucos votos ali – entregou o partido para “um qualquer” sem consulta-lo. E aqui em Maringá, lançou a própria esposa Akemi, quando Jacovós se dizia pré-candidato.
Para o pessoal do clã Nishimori, não haveria interesse em tornar o Delegado candidato a prefeito. Ele teria uma aliança com Ulisses que, a pedido, encaixou um amigo de outra cidade em alto cargo na administração de Maringá. Do outro lado, aparecendo nesta campanha, Akemi poderá ser deputada estadual na próxima.
A atual campanha em Maringá registra o maior número de representantes de famílias vistas como políticas. Interessante observar a ausência do nome Barros, o mais tradicional e histórico na política local, que fez três prefeitos em duas gerações, uma governadora e deputados.
Por outro lado participam diretamente a família Meger, que já teve deputado federal Valdomiro e agora o filho Marco é candidato a vice-prefeito de Audilene; a Maia, com o prefeito Ulisses buscando reeleição enquanto o irmão e ex-deputado Ricardo continua com cargo no Governo do Paraná.
Mais: a família Verri, com Ênio deputado federal e o irmão Mário buscando reeleição na câmara local. Novidade de família na política local tem os nomes Mariucci e Froeming: o vereador Carlos é candidato a prefeito e o filho Junior a vereador; Mércia Froeming (MDB) é filha do ex-vereador Edi, cujo irmão também foi vereador.
Não vi ainda a lista de Maringá, mas a de candidatos a vereador em Londrina (19 vagas) também é recorde. São mais de 400 candidatos. Os nomes e apelidos dos candidatos buscando ficar na mente dos eleitores são para rir, o que é ótimo nestes tempos bicudos de isolamento.
Só candidatos professores são 23, além de 4 delegados, 2 coronéis e 6 “Tias” e “Tios”. Candidatos “profissionais”: Guarda, Fisioterapeuta, Poeta, Locutor, Motorista, Pintor, Cabeleireiro, Violeiro, Promoter, Garçom, Marinheiro, Pastor (2), Bombeiro (2), Fotógrafo, Doceiro, Guerreiro, etc.
Candidatos com nomes de bichos: Lobo, Cobrinha, Corujinha, Leão, Porco (no Tacho), Tubarão. Barra-pesada: Spartacus, Cowboy Sem Limites, Ferrugem, Maculelê, Guerreiro, Maratona, Fumaça, Reciclado. Choque Santão, Jecão, Betão Bocão e Boca Dura.
Motoristas que trafegam de Mandaguaçu para Maringá via BR-376, precisam estar atentos nas imediações do km 170, próximo ao viaduto Contorno Norte. Até o próximo dia 15 operários estão no trecho, realizando obras de manutenção.