O mundo mudou diante do cenário de pandemia, são inúmeros os desafios e na educação não está sendo diferente. Os professores se desdobraram para mostrar ainda mais qualidade no conteúdo e no novo processo de ensino e aprendizagem. Tudo isso só reforça a importância dessa profissão que merece muitas homenagens no dia 15 de outubro, Dia do Professor. O Museu Dinâmico Interdisciplinar, da Universidade Estadual de Maringá (Mudi/UEM) preparou uma palestra show para marcar a data.
Com a temática “Plasticidade Neural: afetividade, ensino e aprendizagem em tempos de Pandemia”, o professor da UEM e coordenador do Mudi, Marcílio Hubner de Miranda Neto, vai ministrar a transmissão online que terá apresentação do Grupo Abaecatu.
“O objetivo é abordar um pouco sobre a plasticidade neural e de como o professor ajuda o aluno a desenvolver essa plasticidade, ou seja, a desenvolver a microarquitetura do cérebro. E como é Dia do Professor, o Grupo Abaecatu está junto comigo e a gente vai então ter uma parte mais intensa de músicas e poesias que homenageiam o professor e uma parte menor dos conteúdos científicos”, explicou Neto.
O evento, que tem apoio da Associação dos Amigos do Mudi (Amudi), Receita Federal do Brasil de Maringá, Livraria Fonte e TV UEM. Conta com parcerias das Secretaria de Cultura de Palotina, Educação de Cascavel e Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand. A transmissão será pelo Youtube a partir das 19h30 desta quinta-feira.
“A ideia é fazer as pessoas entenderam o que é o Dia do Professor, por que é no dia 15 de outubro, quando ele surgiu, quem deveria participar das comemorações do Dia do Professor. Já adiantando para você: seriam todos os estudantes, famílias, professores, servidores públicos de uma maneira geral, todo mundo que aprendeu com professores, e por isso, hoje, têm condição de navegar pelo mundo e ter uma profissão”, contou o professor.
NOVO
Durante a pandemia, a relação interpessoal e o acolhimento são considerados as maiores perdas da profissão. Os profissionais, assim como os alunos, sentem falta do olho no olho, das interações, das conversas construtivas e da descontração em sala de aula. Com isso, o principal desafio foi adequar aulas, materiais e atividades que tivessem o mesmo atrativo, mas de formas diferentes. Por mais que muitos professores estejam habituados à tecnologia, a avalanche de informações demorou para ser controlada. Porém, as dificuldades estão sendo superadas.
Um trecho de um artigo publicado na Revista Educação resume toda essa mudança pessoal e profissional. Diz que “o professor, depois da covid-19, assim como qualquer um de nós (inclusive os estudantes), será um profissional mais preocupado com o outro, que valoriza as relações interpessoais. A principal transformação que a crise nos trará está ligada ao envolvimento, engajamento e determinação para fazer e ser diferente.”
O texto que passa um olhar positivo diante do cenário mundial enfrentado segue falando sobre o retorno futuro das aulas presenciais.
“O professor certamente estará mais antenado às estratégias diferenciadas e ao novo. Será capaz de enxergar, avaliar e aliar o interesse dos alunos aos recursos usados em sua prática pedagógica diária. Isso proporcionará mais dinâmicas para aulas, engajamento dos alunos e, consequente, mais aprendizagem. Estamos prestes a vivenciar a decolagem da educação 4.0 no Brasil, definitivamente”, finaliza o artigo.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução