Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, mesmo em meio a pandemia de Covid-19, Maringá registrou a abertura de 48 novas empresas do setor de agronegócio. Em 219 eram 305 estabelecimentos, este ano o número subiu para 353, 15,7% a mais. Os dados foram divulgados pelo Índice de Potencial de Consumo, IPC Maps.
As principais atividades são nas áreas de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. O agronegócio vem andando na contramão em Maringá, sendo o único setor a registrar crescimento economicamente. Serviços, comércio e indústria tiveram queda.
De acordo com Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, o município pode apresentar condições favoráveis para a retomada a partir do final deste ano. Para ele, existe um ‘efeito dominó rentável’, consumo depende de renda, que depende de emprego e, por sua vez, depende de empresas. A retomada deverá menos difícil para quem teve menor fechamento de empresas.
No Paraná, somente Maringá, Londrina e Toledo apresentaram crescimento nesta área. Mesmo assim a diferença entre esses três municípios é grande; em Toledo foram abertas nove empresas, crescimento de 7,4%, enquanto em Londrina apenas uma empresa, mais 0,3%.
Especialistas garantem que esse é um cenário positivo para Maringá nu contexto regional, estadual e nacional. Tudo isso mesmo com queda nos valores potencial em 2020. Principalmente quando analisadas as 10 maiores cidades do Estado que chegaram ao número de 170 empresas fechadas do setor do agronegócio. Em Cascavel foram fechadas 14 (-5,9%), Guarapuava fechou 48 empresas (-17,3%) e Ponta Grossa, a mais afetada, teve 68 fechamentos (-21,9%).
Na capital, em Colombo e São José dos Pinhais houve queda no número de empresas. São 86 a menos em Curitiba (-13,9%), nove em Colombo (-10,7%) e São José dos Pinhais fechou o balanço com menos três (-2,8%).
Victor Cardoso
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