Por conta da Operação Butano, policiais federais de Maringá cumpriram mandados de apreensão e de prisão nesta segunda-feira pela manhã na cidade de Paiçandu, expedidos pela 14ª. Vara Federal de Curitiba. Foi preso o principal suspeito de montar e liderar o esquema que movimentou R$ 41 milhões nos últimos sete anos.
As investigações revelaram que o homem preso, cujo nome não foi divulgado, liderava uma organização criminosa, que trazia cigarros do Paraguai e vendia na região. Em Paiçandu ele comprou uma distribuidora de gás de cozinha , por meio da qual lavava o dinheiro do contrabando. Também adquiriu vários imóveis, que colocava em nome de terceiros, principalmente familiares. Tanto que três dos quatro mandados de busca foram cumpridos em imóveis do pai e do irmão. Na casa do irmão do suspeito a polícia encontrou duas armas, cada uma possuía um kit rajada, que dispara dezenas de vezes ao mesmo tempo.
Segundo a Polícia Federal, o suspeito de liderar o esquema já tinha sido preso uma vez por contrabando e na época disse que era empregado do pai em uma padaria e ganhava salário de R$ 900,00. A partir daí ele passou a ser investigado. As investigações se aprofundaram quando ele comprou uma distribuidora de gás, por meio da qual movimentou R$ 41 milhões entre 2012 e 2019.
Relato da PF revela que “O pai tem uma pequena padaria em Paiçandu e o valor das notas fiscais geradas não daria o valor suficiente para a aquisição do imóvel ou para obter a licença de instalação”, explicou o delegado Alexandre Boeing Noronha Dias. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça autorizou o sequestro dos imóveis vinculados aos alvos da operação.
“O foco da Polícia Federal é descobrir os principais responsáveis pelas organizações criminosas. Puxamos a movimentação financeira e descobrimos quem é o autor do crime. Atacando o patrimônio conseguimos desarticular a organização criminosa”, explicou o chefe da Delegacia da Polícia Federal em Maringá, Cezar Luiz Busto de Souza.
Redação JP
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