Início Policial Gaeco vai às ruas contra o crime organizado no Norte do Paraná

Gaeco vai às ruas contra o crime organizado no Norte do Paraná

A organização criminosa atua na lavagem de capitais, fraudes e na exploração do jogo bicho em Maringá, Arapongas, Londrina, Ibiporã, Rolândia e Jandaia do Sul.

Nesta sexta-feira dezenas de agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) saiu a campo para cumprir 14 mandados de busca e apreensão. Um dos alvos dos mandados de busca tinha uma preventiva em aberto e foi preso. Durante a operação, iniciada ao amanhecer de ontem foram apreendidos mais de R$ 30 mil em espécie, dois carros considerados de luxo, documentos que estavam em escritório de contabilidade e celulares.

De acordo com o Ministério Público, há a suspeita de que os veículos e o dinheiro são provenientes de atividades ilícitas. A Operação Exágue foi deflagrada depois que a Polícia Civil investigou um grupo suspeito de explorar o jogo do bicho em Arapongas em março de 2019. Os mandados expedidos pela 1ª. Vara Criminal de Arapongas tinham como alvos principais, escritórios de contabilidades e “laranjas” do esquema de lavagem de dinheiro, principalmente do jogo do bicho. Para enganar o fisco sobre a origem da dinheirama que auferia , um dos chefes do jogo do bicho na região Norte do Paraná declarava o arrendamento de uma área de 56 hectares de terra onde produzia sementes de capim.

As investigações desmascararam o falso arrendatário. “Nunca houve o contrato de arrendamento e a área não era propícia para a atividade. Buscamos notas fiscais e descobrimos que em um ano foram vendidos aproximadamente R$ 1 milhão em sementes somente dessa área. Com as notas, buscamos as sete empresas que supostamente teriam comprado essas sementes e constatamos que elas eram empresas de fachada, com proprietários laranjas”, disse o delegado Ricardo Jorge Pereira Filho.

Para o promotor Leandro Antunes, do Gaeco, “ isso é só a ponta do iceberg. Com os documentos apreendidos vamos verificar quem mais usou esse esquema de lavagem de dinheiro, quem são os clientes, e se há outras fraudes financeiras envolvidas. Não descartamos que o esquema foi usado para lavar dinheiro de tráfico de drogas ou contrabando de cigarros”.

Redação JP
Foto – Reprodução

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