A PF (Polícia Federal), em conjunto com a Receita Federal, deflagrou nesta segunda-feira (23) a operação Enterprise, a maior ofensiva contra à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas em 2020 e uma das maiores operações da história na apreensão de cocaína nos portos brasileiros — visto que a ação busca desarticular organização criminosa especializada no envio de cocaína para a Europa.
Estão sendo apreendidos aproximadamente R$ 400 milhões em bens do narcotráfico, a maior apreensão de bens patrimoniais do ano. As centenas de milhões de reais consistem em aeronaves, imóveis e veículos de luxos. Há ainda a expectativa de que novos bens sejam identificados após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Nesta segunda-feira, foram mobilizados cerca de 670 policiais federais, além de 30 servidores da Receita Federal. Estão sendo cumpridos 145 mandados de busca e apreensão e 65 ordens de prisão em dez Estados diferentes: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco. Medidas foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo as investigações, o esquema utilizado pelo grupo crimonoso consistia na lavagem de bens e ativos multimilionários no Brasil e no exterior, com uso de laranjas e empresas fictícias.
Apreensão de cocaína
De acordo com a Polícia Federal, a operação Enterprise é a maior da história do Brasil em apreensão de cocaína. Isso porque, durante a investigação, foram apreendidas anteriormente 50 toneladas da droga em portos do Brasil, da Europa e do continente africano.
Além dos mandados de busca e ordens de prisão expedidos em território nacional, a Interpol foi acionada para a prisão de oito investigados que estão no exterior, bem como a identificação e sequesto de bens em outros países (Espanha, Colômbia, Portugal e Emirados Árabes Unidos).
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