O trabalho do Grupo de Gestão Integrada sobre Coronavírus (GGI) começou na sexta-feira e terminou no domingo atendendo denúncias recebidas pelos telefones 153 (Guarda Municipal) e 156 (Ouvidoria Municipal). Nos três dias de fiscalização foram vistoriados 137 estabelecimentos, com isso aconteceram 46 autuações, 21 interdições e 77 registros de perturbação de sossego e/ou aglomeração de pessoas.
Mesmo após reunião entre Prefeitura e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), alguns donos de bares ignoraram as regras impostas nos decretos e foram flagrados em condições que podem favorecer a contaminação do novo coronavírus. Um bar na Avenida Herval e uma tabacaria na Avenida Laguna foram fechados. No último local, o proprietário tentou discutir com os fiscais e não aceitou a interdição.
As equipes encontraram aglomeração de pessoas, jogos de sinuca e pessoas consumindo narguilé na calçada. O dono ignorou a interdição e reabriu a tabacaria no sábado. Resultado foi o fechamento do comércio mais uma vez. Além disso foram encontrados lugares descumprindo o horário de fechamento, falta de distanciamento entre mesas e pessoas e consumo irregular de de bebida alcoólica. Tudo que desrespeita decretos municipais em prevenção a Covid-19.
Importante lembrar que a fiscalização também acontece para que a lei 11.109/2020 seja praticada. A órdem restringe o consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos. É proibido o consumo em praças, quadras esportivas, calçadas, ruas, avenidas, largos, ciclovias, linhas férreas, pontes, estacionamentos, entre outros, das 22 horas até às oito horas do dia seguinte.
Durante o final de semana, os fiscais percorreram bares, lanchonetes, restaurantes, lojas de conveniência, lojas de disque-cerveja, tabacarias, entre outros. Fiscais foram também em festas clandestinas. Os casos foram registrados pelos fiscais com fotos e videos. Agora, os donos dos estabelecimentos interditados devem ir na Secretaria de Fazenda para verificar a possibilidade de reabertura.
O Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, entidade que representa mais de 40 segmentos do turismo na Cidade, informou que apoia a fiscalização severa para evitar aglomerações e festas clandestinas. Os representantes ainda se comprometem em tomar medidas seguras para continuar as atividades econômicas. Esse posicionamento é tomado diante a fala de inúmeros especialistas que apontam a grande concentração de pessoas um dos principais motivos para o aumento dos casos.
Participaram das vistorias as secretarias de Fazenda, da Saúde, de Meio Ambiente e Bem Estar Animal, de Mobilidade Urbana, Guarda Municipal, Comunicação e a Polícia Militar. Fiscalização segue procedimentos do Ministério Público e atende pedidos da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Todos atentos para prevenção contra coronavírus em Maringá.
“Não existem decretos novos ou editado recentemente, estamos aplicando decretos antigos em vigor. O público já deveria estar acostumado com bares encerrando atendimento às 23 horas e fechar completamente até às 23h30. O toque de recolher começa à meia-noite. Mesmo com bar fechado, a população não deve consumir bebida do lado de fora. Objetivo é salvar vidas e garantir que não haja aglomeração de pessoas. Se as pessoas precisarem de atendimento médico, hoje vão sofrer dificuldades. Isolamento social, é isso que precisamos nesse momento para voltarmos a normalidade na Saúde privada e pública que está com mais de 75% da ocupação em leitos UTI adulto. Não estamos trabalhando a conscientização, mas a punição. Todos já sabem as regras que devem ser cumpridas”, concluiu Orlando Chiqueto, responsável pela Fazenda e um dos coordenadores do Grupo de Gestão Integrada sobre Coronavírus.
SERVIÇO
Em caso de flagrante desrespeito às normas de combate ao Coronavírus e colocação de outras pessoas em risco a Prefeitura possui o canal de comunicação pelos telefones 153 e 156; e também por meio do site
geoproc.maringa.pr.gov.br:8081/sistema156/saude.html.
Victor Cardoso
Foto – PMM