Na manhã de ontem, houve uma reunião na Associação Comercial Empresarial de Maringá (Acim), para discutir ações de enfrentamento a pandemia. Participaram 10 prefeitos da região, presidentes de associações comerciais e representantes da Sociedade Civil Organizada. Na abertura, o vice-prefeito Edson Scabora, informou que a matriz de risco em Maringá muda de amarela (risco moderado) para laranja (risco alto). Todavia, segundo Scabora, a alteração será uma ação pedagógica.
“As restrições que vão acontecer nessa nova bandeira serão discutidas com o Centro de Operações Emergenciais (COE). Algumas serão impostas novamente. Estamos organizando para tentar evitar ao máximo as restrições para o setor produtivo e econômico. O que puder ser feito antes disso, será feito. Os decretos até hoje são suficientes para atravessar esse momento, basta a população colaborar e não vamos precisar suspensões maiores. O fato de manter apenas serviços essenciais, conforme determina a bandeira laranja, será discutido. Mas reforço que a vida sempre estará acima de tudo”, disse o vice-prefeito.
Scabora reforçou que aglomerações serão alvo de fiscalização e pediu a colaboração da comunidade. As vistorias serão feitas em locais privados, mas também em públicos, como as praças.
“A população precisa atender que não é a hora de usar esses locais. Fiquem em casa, contribuem com esse momento delicado. Uma das imposições discutidas, a partir de agora, será até mesmo o fechamento de praças e outros espaços públicos”, concluiu ele.
Durante o encontro, Eduardo Alcâncara, diretor de Vigilância e Saúde, falou que o número de casos estão aumentando e não é uma situação pontual, existe uma tendência de crescimento e isso deve continuar acontecendo. Atualmente não há profissionais suficientes para atuarem nos leitos, inclusive os que foram reabilitados recentemente. Maringá, por sem um centro de referência, também recebe pacientes dos municípios vizinhos.
Os jovens que estão chegando com quadro positivo da doença também estão preocupando. Ao contrário do que se imaginava para essa faixa etária, que era um estado de saúde mais estável, não vem acontecendo. Muitos pacientes estão precisando de respiradores e atendimento ainda mais específico.
“Nós estávamos numa curva que se mantinha constante, mas a doença voltou a avançar. Por isso não estamos mais focados em ações de orientação, estamos punindo. Estamos entrando em contato com o Governo Estadual e Federal para mais leitos. Porém, precisamos de profissionais, alterando até o valor pago para os que desejam estar a frente do combate”, finalizou Scabora.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução