Até o momento três hospitais de Maringá divulgaram nota apresentando a situação atual em relação a pacientes internados com Covid-19. Em geral, estão operando no limite da capacidade nos Pronto Atendimento e também com ocupação máxima nos setores exclusivos de internação e UTI. O Hospital e Maternidade São Marcos foi o primeiro a se pronunciar.
Divulgou texto dizendo que “devido ao aumento expressivo do número de casos de covid-19 registrado nos últimos dias, nosso Pronto Atendimento atingiu o limite de sua capacidade instalada. Comunicamos também que neste momento, nos encontramos com o limite máximo de ocupação nos Setores de Internação e Unidade de Terapia Intensiva, sem condições de realizarmos novas internações clínicas.”
Logo depois o Hospital Maringá publicou uma nota oficial esclarecendo que também passou a atuar na capacidade máxima. Além disso, alertou que os pacientes que procurarem assistência médica em nosso Pronto Atendimento, poderão ter uma espera maior que o habitual nos seus atendimentos.
“Cumpre esclarecer que no presente momento, nossos leitos destinados para pacientes com suspeita e/ou Covid-19 confirmado estão no limite de ocupação, podendo haver necessidade de transferência para outro serviço em casos de internação”, diz trecho do comunicado.
Por fim, o Hospital Paraná também emitiu uma declaração. Primeiramente ressaltou a divisão do Pronto Socorro em dois, para atendimento de casos respiratórios e não respiratórios. Depois informou que, mesmo com todos os esforços, o hospital está trabalhando dentro dos limites estruturais e humanos, frente ao grande aumento de casos de Covid-19 na Cidade e região.
“Apesar da dedicação de nossas equipes, os atendimentos em todos os setores estão demorando mais do que o normal e pedimos a compreensão de todos. Salientamos que as vagas de internção e UTI dedicadas a casos respiratórios estão em níveis críticos”, conclui a nota oficial.
REUNIÕES
De forma presencial, dirigentes de hospitais relataram a situação durante reunião na última sexta-feira. Falaram também sobre a falta de profissionais, pedidos de demissões e também casos de médicos doentes que precisam se afastar. Ontem, por meio de nota, a Prefeitura informou que a conversa continuou na sala de reuniões do Paço Municipal. Objetivo foi definir medidas emergenciais de enfrentamento durante a pandemia.
“Serão definidas medidas efetivas, de aplicação imediata, no enfrentamento da pandemia. O aumento de casos, com impacto direto na capacidade de atendimento médico das redes pública e privada, exige ações pactuadas e emergenciais”, diz trecho da nota.
PROPOSTA
Por volta das 11 horas da manhã uma das propostas apresentadas foi o fechamento de alguns segmentos durante os próximos dias para que haja uma queda no número de novos infectados. A ideia foi apresentada pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Noroeste Paraná (Sinepe).
De acordo com a diretoria da entidade e do sindicato, a Prefeitura desafiou as entidades a fazer contribuições. A proposta então é que o funcionamento de diversos estabelecimentos seja feito com restrições, isso inclui comércio de rua, shoppings, galerias com a possibilidade do fechamento durante dois finais de semana seguidos.
Também foi sugerida o fechamento de bares e lanchonetes aos sábados e domingos, pelos menos nos próximos 15 dias. Essas são consideradas medidas necessárias para o enfrentamento. O fechamento total não é considerado válido pelos representantes, porém, alguns segmentos serão avaliados com a possibilidade de permanecerem com restrições maiores de funcionamento para diminuir o contágio da doença.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução