A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu nesta segunda-feira (30) reativar o sistema de bandeiras tarifárias já no mês de dezembro, quando passará a valer a bandeira vermelha patamar 2.
A bandeira escolhida, que corresponde à maior tarifa extra praticada pelo órgão regulador, eleva o custo da conta de luz em R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Com a determinação, os lares que utilizam, em média, 200 kWh de energia por mês terão que desembolsar cerca de R$ 12,50 a mais para quitar a conta de luz de dezembro, se mantiverem o mesmo consumo habitual.
O mecanismo estava inativo desde maio, quando a Aneel decidiu manter a bandeira verde, sem custos adicionais, até 31 de dezembro devido à pandemia do novo coronavírus. A queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo de energia, no entanto, levaram à revisão desta segunda-feira.
Na semana passada, o ONS (Operador Nacional do Sistema) apontou que a carga de energia do Brasil deverá aumentar 4,4% em dezembro e projetou chuvas nas regiões das hidrelétricas abaixo da média histórica para o mês.
Em nota, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, recomenda que os consumidores “busquem evitar o desperdício de água e energia” com a reativação das bandeiras tarifárias.
O sistema de bandeiras tarifárias da conta de luz varia de acordo com os custos de geração da energia no Brasil. As sinalizações vão de verde, sem custo adicional, a vermelha patamar 2, com cobrança extra de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Há ainda a bandeira vermelha patamar 1, com cobrança adicional de R$ 4 a cada 100 quilowatts-hora, e a amarela, que eleva o valor da conta de luz das famílias em R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora.
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