Início Maringá Sindicatos e empresários repercutem novo decreto

Sindicatos e empresários repercutem novo decreto

Após a publicação do novo decreto com medidas de combate ao novo coronavírus, representantes dos setores produtivos de Maringá comentaram sobre as restrições. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sivamar), Ali Wardani, falou que entende a proibição do funcionamento das lojas aos finais de semana.

“Se para preservar a vida é preciso essa medida, nós acatamos. De acordo total não estamos, mas é melhor que um fechamento total. Em dezembro as lojas costumam abrir em horário maior, isso será difícil. Esperamos que os números baixem e que, a partir do dia 14 de dezembro, a situação se normalize”, disse Wardani.

A preocupação de Maurício Bendixen, conselheiro da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), é que o fechamento de supermercados aos domingos aumente o número de clientes no local em outros dias, podendo gerar aglomeração. Disse entender a gravidade e que vai colaborar com o momento de proteção das vidas; porém, o funcionamento em mais um dia da semana facilita as compras e não gera problemas sanitários.

O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Michel Felippe, disse que os empresários já estavam sofrendo com todas as restrições anteriores e, com a atual, será ainda mais difícil cumprir compromissos, um deles o pagamento da segunda parcela do 13º salário. É preocupante, segundo ele, a situação dos empresários que fizeram estoque e acreditavam na retomada da economia para os próximos dias. Para Felippe o decreto poderia ter um prazo menor de validade.

Em entrevista para Rádio CBN Maringá, Claudia Michiura, representando os shoppings do município, falou que o decreto é como golpe dado no momento em que estavam recuperando economicamente. As medidas serão respeitadas, porém não são satisfatórias. A profissional reforçou que os finais de semana são os melhores dias para vendas nas lojas. Sem atender esses dias, são pelo menos 20% a menos nas vendas.

O empresário Genir Pavan, presidente do sindicato que representa hotéis, bares, restaurantes e similares (Sindhotel) reclamou da forma que alguns estabelecimentos são tratados. Reforçou que é “como se os bares e restaurantes fossem o grande ‘espalhador’ do Covid-19. A sociedade como um todo afrouxou os cuidados. Fecham os bares de Maringá, mas as pessoas continuam indo para municípios vizinhos e até mesmo Porto Rico.” Finalizou dizendo que é a favor de uma fiscalização cada vez mais intensa.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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