Com faixas, cartazes e pedindo pelo direito de trabalhar durante o final de semana, trabalhadores de shoppings centers fizeram uma manifestação em frente à Prefeitura de Maringá, na manhã de ontem. O ato foi promovido pelas duas lojas da rede Havan no município. Enquanto os funcionários da marca protestavam, o dono da Havan, Luciano Hang, mandou mensagem de apoio diretamente de Porto de Galinhas, Bahia, onde passa alguns dias.
Hang falou que não acreditou quando soube que as lojas em Maringá ficariam fechadas durante dois finais de semana. Ele reforçou que essa medida só está sendo tomada na Cidade. A rede tem mais de 100 lojas espalhadas pelo Brasil, mas para o proprietário as duas fechadas fazem diferença no faturamento.
Um outro empresário que foi até a manifestação disse que não vai conseguir renovar o contrato com quatro funcionários temporários. Os colaboradores, provavelmente, serão dispensados. Além disso, profissionais que já fazem parte do quadro do estabelecimento, há alguns anos, correm o risco de serem demitidos. O questionamento é porque Maringá diminui o horário de funcionamento enquanto outras localidades estenderam o atendimento do comércio.
“São 577 shoppings no Brasil e só Maringá está fechando aos finais de semana. Ninguém entende o posicionamento da Prefeitura. Nossa cobrança é que o Ulisses Maia entenda que os shoppings são locais seguros e estamos seguindo todas as regras impostas nos decretos, assim como as determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse o presidente do Sindicato dos Shoppings Centers, Max Silvestrelli.
O secretário de Saúde, Jair Biatto, disse que “a população, infelizmente, entende que se o estabelecimento estiver aberto é para ir, se não estiver não vai. Nesse momento precisamos de medidas restritivas até maiores do que estamos tomando até o momento. Respeitamos todas as manifestações”, resumiu ele.
Victor Cardoso
Foto – CBN Maringá
