As investigações foram baseadas em contrato firmado pela Câmara de Vereadores com uma empresa de Maringá para digitalização de documentos legislativos.
A operação desencadeada ontem nas duas cidades tinha como objetivo cumprir 12 mandados de busca e apreensão em gabinetes de funcionários da Câmara Municipal de Arapongas, em residências e escritórios de empresários, inclusive de Maringá.
Foi o início da segunda fase da Operação Control Z , que desde 2017 investiga fraudes em licitações de prestação de serviços ao poder legislativo de Arapongas.
A empresa de Maringá investigada foi contratada para desenvolver um projeto de digitalização de documentos do Legislativo Municipal. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado foram cumpridos oito mandados em Arapongas e quatro em Maringá.
Os empresários envolvidos efetuavam pagamentos de propina ao grupo, para manterem o contrato e obterem aditivos, havendo indicação do pagamento de valores mensais que chegavam a R$ 22 mil. O contrato foi firmado em 2013 e, segundo o Ministério Público do Paraná, os empresários envolvidos efetuavam pagamentos de propina para continuidade do contrato e obtenção de aditivos. “Para que houvesse o pagamento de propina, o valor do contrato deveria ser superfaturado, pois somente assim haveria dinheiro suficiente para a remuneração dos envolvidos na trama”, diz um trecho da ação do MP, que aponta: “Quatro empresas que forneceram orçamento para a fixação da estimativa de preços da licitação foram criteriosamente escolhidas para compor um grande esquema para fraudar o pregão”.
Nesta segunda fase da Operação Control Z, o Ministério Público pediu à Justiça a quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, ao mesmo tempo em que requereu a indisponibilidade de R$ 932,8 mil em bens de oito pessoas físicas e empresas.
O Bonde
Foto – Gaeco