O vereador Osvaldo Alves dos Santos (PSC) atual presidente da Câmara de Arapongas é suspeito de envolvimento em esquema de jogo de azar. Ele foi preso sexta-feira por agentes do Gaeco, o Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado, sob acusação de também lavar dinheiro. A prisão é o desdobramento de uma operação desencadeada em setembro na cidade, quando a polícia apreendeu R$ 500 mil em espécie no cofre da residência de Osvaldo.
Por nota, a defesa do vereador disse que as diligências sobre o caso já se encerraram, pois a denúncia foi oferecida no dia 9 de dezembro e que o presidente da Câmara sempre colaborou com a justiça. ” A prisão é manifestamente ilegal e arbitrária, já estamos entrando com recurso”, afirmou Marcos Prochet, advogado do vereador. Além de Osvaldo Alves, o Gaeco também prendeu um contador suspeito de estar envolvido no esquema. De acordo com versão do Gaeco, as prisões foram autorizadas porque os dois continuavam praticando os atos ilegais. A Polícia Civil descobriu a existência de 257 pontos de jogo do bicho na cidade , onde 80% do dinheiro arrecadado seria repassado para o vereador.
O Gaeco descobriu também que parte do dinheiro repassado ao presidente da Câmara estaria sendo lavado por meio de simulação de venda de sementes de capim para empresas de fachada. O total das transações descobertas chega a R$ 3.077.467,14. Foram apreendidos sexta-feira na casa do contador preso, vários documentos que serão anexados no processo como provas das atividades ilícitas do contador e do presidente da Câmara.
Os documentos, de acordo com o Gaeco, indicam que o esquema desmontado contava com uma ampla rede de empresas de fachada, criadas para legalizar o dinheiro obtido com o jogo do bicho em Arapongas. Com autorização da Justiça o Gaeco também apreendeu valores em contas correntes no nome dos investigados, bem como sequestrou dois imóveis e três carros de luxo no Balneário Camboriú.
Redação JP
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