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COVID-19: Em 2020, 8,88% dos infectados em Maringá foram da área de saúde

Os dados foram publicados em boletins no site da prefeitura do município. Ao todo, 22 boletins foram divulgados entre fevereiro e dezembro de 2020.

Dentre os números divulgados no boletim epidemiológico destacam-se os profissionais da área de saúde com 1551 casos, que corresponde a 8,88% do total de pessoas infectadas em Maringá. O setor representa a maioria dos casos infectados na cidade, ficando atrás dos profissionais da área administrativa, representando 9,71% dos pacientes positivos.

São profissionais das redes pública e privada de saúde, que fazem parte da linha de frente do combate ao Covid. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, trabalhadores da limpeza, setor administrativo e outros profissionais que atuam no setor e estão em risco constante de contrair o vírus.

Em conversa com a equipe do JP, o presidente da Sociedade Médica de Maringá, anestesiologista Kazumichi, falou que estamos no pico da pandemia e que a procura por atendimento médico continua sendo alta.

“O fato da gente ter se agrupado no natal e ano novo, é que venha uma onda de muitas pessoas ao mesmo tempo a procura de atendimento médico, durante a segunda quinzena de janeiro, em postos de saúdes, consultórios, pronto atendimentos e hospitais. Toda a linha de frente da saúde pode estar comprometida com a alta procura ao mesmo tempo”, afirma o médico.

Ainda segundo Kazumichi, caso haja um grande numero de contágios, não haverá como abrir novos leitos, dado que não há profissionais suficientes, nem substituição imediata por ser uma área que requer treinamentos mais complexos. O grande medo é do colapso, mais pessoas doentes do que profissionais para atendê-los.

De acordo com Kazumichi, atualmente há aproximadamente 30% de leitos desocupados no sistema de saúde pública e 25% de leitos desocupados no setor privado.

“Se a gente tiver sorte de que chegue a vacina, seria nossa salvação. Principalmente para as pessoas de grupos de risco, temos grande carinho por nossos idosos. Percebemos que entre os jovens não tem alta letalidade. A vacina tem efetividade. Isso não tira o fato de que algumas pessoas terão reações, isso ocorre com todas as vacinas.”, concluiu Kazumichi.

Gabriela Medrano
Foto – Reprodução

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