O Governo do Estado apresentou parte da estrutura logística que será usada na distribuição das vacinas contra a Covid-19 no Paraná. Três aviões e um helicóptero serão incorporados à frota de caminhões para agilizar o transporte do imunizante para as 22 Regionais de Saúde, atingindo todo o Estado. A intenção é garantir a aplicação da vacina nos paranaenses o mais rapidamente possível. O evento com a participação de técnicos da Saúde e da Casa Militar ocorreu no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba.
De acordo com a Casa Militar, um novo avião, em fase final de aquisição pelo Governo, será integrado ao sistema de imunização em até 30 dias. E, se necessário, a frota que atende a Segurança Pública também pode ser utilizada.
“Vamos usar a experiência adquirida no transporte de órgãos para transplante, em que o Paraná é referência, e também nos testes para a Covid. Só no ano passado foram 500 horas/voo, garantindo agilidade e rapidez”, destacou o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Welby Pereira Sales.
Ele ressaltou que o transporte para o Interior será feito por meio de rotas aéreas, atendendo mais de uma Regional da Saúde por viagem. O planejamento é para que as aeronaves sejam usadas em deslocamentos maiores.
Com o ingresso das aeronaves, o tempo de deslocamento para que todos os municípios sejam abastecidos é estimado em 48 a 72 horas. “O helicóptero, por exemplo, pode ser utilizado para chegar em locais de difícil acesso”, disse. “Será um serviço de excelência, com a vacina chegando o mais rapidamente possível para a população”, acrescentou o chefe da Casa Militar.
ECONOMIA – Sales reforçou que o novo avião, um King Air, foi comprado pelo Estado com os recursos economizados com a devolução do jatinho alugado que em outras gestões atendia ao governador. A medida foi determinada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e integrou a reforma administrativa que tornou o Estado mais enxuto.
“E a frota do Governo não vai aumentar, já que com a chegada desta aeronave, duas outras antigas, do tipo Caravan de 1985, serão leiloadas”, explicou.
VACINAÇÃO – O processo de vacinação no Paraná vai seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) elaborado pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde espera começar na próxima semana as imunizações dos grupos considerados de risco. A estimativa é que o Estado receba 100 mil dos 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca. As vacinas serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além disso, destacou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a expectativa é por outras 300 mil doses do imunizante Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai se reunir no domingo (17) para discutir os pedidos de autorização para uso emergencial dos imunizantes.
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