A pandemia mudou muitos hábitos de forma natural e outros foram impostos pelos órgãos sanitários como forma de prevenção ao contágio do novo coronavírus. Com os compromissos sociais reduzidos, a circulação de pessoas e veículos diminuiu. Em Maringá, de acordo com o 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, isso reduziu em 25% o número de acidentes no município; porém, o número de mortes nas ocorrências cresceu 80%.
Em 2019 foram registradas 18 mortes em acidentes, já no ano passado o número saltou para 33 óbitos. De acordo com o tenente Alex Boni, do Corpo de Bombeiros, houve maior energia envolvida nas colisões. Podendo ter sido causadas pelas vias não estarem congestionadas e, dessa forma, possibilitando atingir maior velocidade com o veículo.
Ainda segundo o tenente, colisões estão em primeiro lugar no ranking de acidentes. Enquanto o atropelamento deixou de ser o segundo lugar no ano passado e a posição foi ocupada pelo choque contra anteparo, colisões em árvores, postes, muros, entre outras estruturas. A maioria desses registros resultaram em morte no local ou posterior, a intensidade da batida é muito grande. Em terceiro lugar aparecem os atropelamentos.
INCÊNDIOS
Outro balanço feito pelo Corpo de Bombeiros foi em relação aos incêndios em vegetação em 2020. Maringá teve 23% mais incêndios dessa natureza, em comparação com 2019. Ao todo foram 414 ocorrências contra 336 no ano anterior.
“Os incêndios na região não são provocados por fatores espontâneos como calor e estiagem, o fator humano é preponderante e foi potencializado por conta dos ventos e a falta de chuva em 2020. Além do trabalho intenso de todo batalhão, é preciso educação e consciência, o que em curto prazo parece impossível acontecer. As pessoas não podem limpar terrenos com fogo, tampouco jogar lixo em locais inadequados porque o resultado é sempre desastroso e pode provocar tragédias”, finalizou Boni.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução
