Início Maringá Duas pessoas apresentam variante do vírus da Covid-19 em Maringá

Duas pessoas apresentam variante do vírus da Covid-19 em Maringá

O ND Núcleo Diagnóstico de Maringá, que desde o início da pandemia de Covid-19 vem realizando o exame RT PCR (SWAB) para o diagnóstico da doença, notificou a Vigilância Sanitária sobre a detecção de variantes do novo coronavírus. O comunicado da clínica alerta mutações no gene S em alvos pesquisados a partir dos marcadores moleculares usados no exame.

“As mutações virais são muito frequentes, podem diminuir ou aumentar a fertilidade do vírus, possibilidade de infecção. As variantes detectadas foram as mais contagiosas. Levantamos a origem dos pacientes e um veio de Manaus, outro teve contato com pessoas da Inglaterra, onde surgiu a mutação B1.1.7 do vírus SARS-Cov-2, 60% maior para contaminação. Possivelmente são duas mutações distintas”, disse o endocrinologista Cláudio Albino.

O profissional informou ainda que o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) já foi notificado e fará o compartilhamento do estudo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O material colhido foi encaminhado ao Laboratório de Histocompatibilidade e Genética da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para especificar a constituição dos aminoácidos da mutação. A previsão é que na próxima semana o resultado esteja pronto.

A nota do núcleo de diagnóstico explica que um resultado é considerado positivo para Covid-19 (linhagem SARSCoV-2) quando é verificada amplificação dos marcadores moleculares Gene N, ORF1ab e S – TaqPath COVID-19 Thermo Fisher Scientific. Porém, alguns pacientes não estão apresentando a amplificação de um dos genes, o Gene S, caracterizando então suposta mutação do vírus.

“Os pacientes estão sendo contatados e realizadas as anamneses sobre histórico de viagens com indivíduos de outras regiões. Como vem sendo amplamente divulgado em todo mundo, essas mutações podem aumentar a transmissão do vírus entre os hospedeiros por meio da localização anatômica no trato respiratório superior. Sendo, portanto, necessário detectar e caracterizar as mutações do vírus para estudar a patogênese viral. Para comprovação da mutação dessas cepas será realizado o sequenciamento, deste modo avaliando a presença da linhagem B1.1.7 do vírus SARS-Cov-2”, explicou o comunicado.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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