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Transporte coletivo necessita de reequilíbrio econômico-financeiro

Funcionários do grupo nunca deixaram de receber seus salários; acordão do Tribunal de Contas dá amparo legal para solucionar o problema

Usuários do transporte coletivo de Maringá e da região metropolitana foram surpreendidos no dia de ontem com a paralisação completa do sistema pela decisão dos funcionários de entrarem em greve. Cerca de 800 funcionários das empresas Transporte Coletivo  Cidade Canção (TCCC) e Cidade Verde, prestadoras dos serviços, resolveram cruzar os braços alegando a falta de pagamento integral dos salários do mês de janeiro, que segundo a empresa foram pagos, apesar de não integralmente, na última sexta, com os funcionários da TCCC recebendo 55% do valor e da Cidade Verde 65%.

Em entrevista ao JORNAL DO POVO, o administrador executivo do grupo, Roberto Jacomelli, reconhece o prejuízo para a população e afirma que em todos os anos de serviços prestados os salários dos funcionários sempre foram pagos em dia. “Infelizmente todos os setores tiveram prejuízos com a pandemia e para a empresa não foi diferente. Desde março do ano passado estamos nos esforçando para manter nossos compromissos com os funcionários, fornecedores e pagamentos dos impostos, apesar da queda drástica no número de passageiros. Onze meses depois a nossa capacidade financeira com a queda nas receitas não conseguimos cumprir com os custos do sistema. O nosso equilíbrio financeiro foi muito prejudicado e sempre detalhado para os gestores dos serviços, no caso da TCCC para a Prefeitura de Maringá e da Cidade Verde para o Governo do Estado. Sempre agimos às claras buscando um aporte para o reequilíbrio financeiro e para manter o bom serviço prestado à população. Continuamos buscando esse amparo, que é dever do município e estado, de acordo com um acordão do Tribunal de Contas que dá amparo legal aos gestores dos serviços ressarcirem as empresas prestadoras de serviços essenciais pelo desequilíbrio da pandemia”, explica Jacomelli.

 “Sabemos a importância do transporte coletivo para as pessoas e o prejuízo que uma paralisação geral causa para a cidade, para os trabalhadores, empresas e indústrias que dependem dos funcionários para se deslocarem aos seus serviços. Estamos explicando a situação há tempos para o município e para o Governo do Estado sem recebermos uma contrapartida o que gerou a paralisação ocorrida. Continuamos em conversação para que com o amparo legal, que existe, os gestores nos ofereçam o aporte financeiro, os funcionários recebam os seus salários e a situação volte ao normal”, frisa o administrador da TCCC e Cidade Verde.

O secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação da Prefeitura, Marcos Cordiolli, informou que Prefeitura e empresa devem pensar no melhor para a população. “Estamos procurando a via do diálogo porque queremos o melhor para a população e a TCCC, como concessionária dos serviços públicos, deve querer o mesmo. Esperamos que a empresa atenda rapidamente nossa solicitação, colocando pelo menos 30% de ônibus nas ruas e que, rapidamente, volte aos 100% da frota, o que é fundamental neste momento de pandemia”.

Dayani Barbosa
Foto – Arquivo JP

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