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Escolas estaduais são interditadas e professores planejam greve

Com nove escolas de Maringá e região interditadas por casos de coronavírus contraidos durante a semana interna pedagógica, a APP Sindicato reforça a postura contrária a volta às aulas, programadas para a rede estadual e municipal para o dia 1º de março.

De acordo com o levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, as escolas fechadas por surto de covid são: Maringá (Silvio Magalhães, Theobaldo Santos, Brasílio Itiberê e Rui Barbosa), Sarandi (Colégio Lisboa e Independência), Paiçandu (Heitor Alencar e Princesa Izabel) e Colorado (Cecília Meireles). “É lamentável. É um atentado à vida. Se isso aconteceu desta forma com a presença de professores e funcionários, imagina quando estiverem os estudantes circulando?”, questiona o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Diante da gravidade da situação, a APP-Sindicato orienta que comunidade escolar organize a sua participação na greve que começa no dia 1 de março, quando está previsto o retorno presencial com alunos. Conforme definido em assembleia, a paralisação será nas atividades presenciais, mantendo as aulas online.

A presidente regional da APP, Vilma Garcia, diz que a categoria é contra o retorno das aulas no sistema híbrido e que os professores vão entrar em greve a partir de 1º de março. “Dois dias de formação pedagógica e já temos um resultado negativo, infelizmente, só constata aquilo que estamos anunciando sempre: não tem segurança. Por isso, estamos indo para uma greve, mesmo com o sistema híbrido proposto pelo Governo, pois entendemos que não é possível retomar com a normalidade das atividades nas escolas do Paraná”, explicou.

A categoria quer a inclusão dos professores nos grupos prioritários para a vacinação contra a Covid-19.

O secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues alerta para um agravante. “Na macrorregião de Maringá, que compreende Maringá, Campo Mourão, Umuarama e os municípios entorno desta cidade, ontem havia apenas 5 leitos disponíveis para os casos graves de Covid para uma população de mais de 1 milhão de pessoas. Estamos fazendo um levantamento detalhado também da situação nos hospitais públicos e temos constantemente alertado o governador, o secretário, os deputados e prefeitos que o nosso Estado não tem condições estruturais e sanitárias de enfrentar um retorno às aulas de forma presencial”.

A Secretaria de Educação do Paraná respondeu em nota que

“a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) está ciente dos relatos em Maringá e vai proceder conforme a resolução 98/2021 da Secretaria da Saúde, que prevê a ‘possibilidade de cancelamento das atividades presenciais de forma parcial ou total, de uma turma ou mais e, eventualmente, de toda Instituição de Ensino, conforme orientação das autoridades sanitárias locais e regionais, na presença de casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 na comunidade escolar ou acadêmica.”

Dayani Barbosa
Foto – Reprodução

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