Início Destaques do Dia Prefeitos da Amusep são contra volta das aulas presenciais em março

Prefeitos da Amusep são contra volta das aulas presenciais em março

Prefeitos da região da AMUSEP, decidiram que volta às aulas só em abril

Os prefeitos das cidades da área de abrangência da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) defendem que a volta das aulas presenciais ocorra após primeiro de abril. Antes dessa data, eles consideram haver um risco alto, por causa do cenário crônico, com o aumento acelerado no número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus; do sistema de Saúde Pública à beira do colapso, com taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), acima dos 95%; e pela baixa cobertura vacinal no Estado.

A volta às aulas foi um dos temas da reunião emergencial da Amusep realizada no domingo, pela manhã, por meio de videoconferência. Com a presença da maioria dos prefeitos, ficou definido que até abril, as aulas na Rede Municipal de Ensino permanecerão no sistema remoto. Na Rede Estadual, a Associação vai encaminhar ofício para que a Secretaria de Estado da Educação, também, reveja a decisão da retomada das aulas presenciais, mesmo que no modelo híbrido, a partir da próxima quarta-feira (10).

Escolas particulares

Na Rede Particular de Ensino, os prefeitos vão buscar, via negociação direta com os proprietários, a manutenção do ensino remoto. Nas redes Estadual e Privada, no entanto, destaca o presidente da Amusep, prefeito de Ângulo, Rogério Aparecido Bernardo, o Decreto 7.020, do Governo do Paraná, ampara o retorno das atividades presenciais e o bom senso sugere evitar a judicialização. “Se os municípios decretam a paralisação, os empresários ingressam na Justiça, que, na maioria das vezes, concede liminar para o funcionamento. Tanto em escolas quanto nos estabelecimentos comerciais, nas indústrias e prestadores de serviços”, ressalta.

Durante a reunião, os prefeitos de Maringá, Ulisses Maia; de Sarandi, Walter Volpato; e a prefeita de Mandaguari, Ivonéia de Andrade Aparecido Furtado, a Enfermeira Ivonéia, citaram exemplos de decisões da Justiça que suspenderam o fechamento de lojas de conveniência, em Maringá; de depósitos de materiais de construção, em Sarandi; e de indústrias, em Mandaguari.

Mais vacina

Os prefeitos decidiram, ainda, que a Amusep vai elaborar um ofício para cobrar que o Paraná receba mais vacinas para ampliar a cobertura de imunização dos paranaenses. Dados do Ministério da Saúde indicam que o Paraná ocupa a vigésima posição, na Federação, em número de doses destinadas à população. De acordo com os gestores municipais, o Ministério da Saúde tem a obrigação de dar a devida atenção ao Estado que mais gerou empregos, no País, desde o início da pandemia; que tem uma contribuição significativa na balança comercial do Brasil, com a exportação dos produtos do agronegócio; e pelo número de habitantes.

O documento será enviado para o governador Carlos Massa Ratinho Júnior; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; o futuro presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), a ser eleito nesta terça-feira (9), prefeito de Jesuítas, Aparecido José Weiller Júnior, o Júnior Weiller; e as bancadas de deputados estaduais e federais, que representam a região. “Vamos mobilizar as forças políticas para criar um grande movimento que sensibilize o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a necessidade de o Governo Federal enviar mais doses de vacinas, para o nosso Estado, que enfrenta o cenário mais crítico e dramático, em número de casos confirmados, óbitos e pacientes que necessitam ser internados, tanto em enfermaria quanto em UTI”, frisa o presidente da Amusep, Rogério Bernardo.

Assessoria de Imprensa
Foto – AMUSEP

COMPARTILHE: