Início Maringá Grupo pede tratamento precoce contra Covid-19 em Maringá

Grupo pede tratamento precoce contra Covid-19 em Maringá

Mesmo com o reforço constante da Anvisa de que não há tratamento precoce contra Covid-19, um pequeno grupo de manifestantes fez barulho em frente à Câmara Municipal de Maringá na manhã de ontem. Os participantes do ato recomendavam, por meio de um carro de som, o tratamento com cloroquina e ivermectina; segundo eles, médicos experientes relatam que o uso dos medicamentos pode ser eficaz.

“O próprio município já reconheceu que está em colapso, então numa guerra quanto mais ajudadores melhor. São médicos conhecidos e conceituados em nossa Cidade a favor do tratamento precoce, não são profissionais inexperientes”, disse Silvia Yohansen, participante da manifestação; porém não citou o nome de nenhum médico que sustenta o argumento.

“Não existe ainda um tratamento precoce efetivo. Os estudos mais robustos mostram nenhum benefício ou consequências negativas e efeitos colaterais. Mas algumas pessoas vendem ilusões, com desonestidade intelectual. No contexto da pandemia, todos os dias surgem novidades, mas é preciso separar o que tem qualidade e o que não tem. A base de hoje para indicar tratamento precoce são artigos de péssima qualidade científica, que pela sua própria metodologia levam a conclusões frágeis”, afirmou o infectologista Estevão Urbano, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em artigo publicado no mês de janeiro.

SESSÃO

Enquanto o ato acontecia do lado de fora, dentro da Câmara Municipal, era realizada sessão ordinária. Um projeto entrou na pauta dando prazo para que as empresas se preparem entre um decreto restritivo e o fechamento de atividades comerciais. O tempo deve ser de 48 horas. O último decreto municipal, que liberou algumas atividades com restrições de horário, foi assunto e alvo de críticas por conta de proibições que foram mantidas. Alguns parlamentares reclamaram da falta de participação dos vereadores na tomada de decisão.

Mário Verri, por exemplo, disse não entender porque as igrejas estão fechadas enquanto os supermercados estão cheios e sem política para resolver a situação. Falou também ser contra o fechamento de academias e bloqueios em parques. Para ele são locais que cuidam da saúde das pessoas. Por falar em saúde, Sidnei Telles cobrou agilidade na divulgação do resultado dos testes na rede pública. O envio ao Laboratório Central do Estado, em Curitiba, atrasa em seis dias o resultado.

Victor Cardoso
Foto – O Fato Maringá

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