Uma médica que tentava reanimar a criança, morta durante parada cardiorrespiratória, suspeitou de violência sexual, após constatar lesões em várias partes do corpo e também no reto. O resultado do exame cadavérico feito no Instituto Médico Legal de Campo Mourão demora cerca de 30 dias, mas um laudo preliminar entregue ontem à Polícia Civil de Cianorte, que investiga o caso, revela que o menino não teria sofrido violência sexual. O delegado Carlos Gabriel Stecca, pediu a prisão temporária do suspeito, devido as evidências de que a morte teria sido provocada por agressões físicas. O menino estava sozinho em casa com o padrasto, pois a mãe tinha saído de casa por volta das 4h30 da manhã de quinta-feira para trabalhar.
Em depoimento, o padrasto negou ter batido na criança e disse que a levou para a UPA porque ao amanhecer ela começou a passar mal e que os hematomas teriam sido provocados por uma queda. Disse ainda que caiu com o menino quando corria até a casa da sogra, que reside nos fundos, para pedir socorro. “Mas consegui proteger a cabeça dele e ele não chegou a bater com a cabeça no chão”, disse . Mas os médicos constataram que a criança tinha um ferimento na cabeça e segundo revelações feitas pelo legista ao delegado de Cianorte, a morte está relacionada ao rompimento do pâncreas, decorrente de agressão física.
Policiais civis e militares que foram à residência após a morte da criança, disseram ter encontrado vestígios de sangue e outros indícios de que ali houve um crime. “Recolhemos uma bermuda suja de fezes da criança e também dois pedaços de papel higiênico, contendo, a princípio, gotículas de sangue. Os materiais foram encaminhados à perícia que deverá constatar se o sangue é humano e de quem seria”, disse o delegado Stecca, que por medida de segurança, levou o suspeito para uma cadeia da região, em cidade não revelada. O casal está junto há um ano e ontem, em entrevista ao programa do Salsicha (TV Record), a mãe disse que nunca suspeitou que o companheiro batesse no seu filho, mas desabafou, aos prantos: “Não pensei que ele fosse esse monstro”.
Redação JP
Foto – Plantão Maringá