Um casal de sul-coreanos vandalizou por engano uma pintura com valor estimado em cerca de US$ 500 mil (o equivalente a R$ 2,85 milhões) em uma galeria de arte em Seul. O incidente aconteceu no último domingo (28), mas foi divulgado apenas nesta sexta-feira (2), pela curadoria da exposição.
Imagens de câmeras de segurança mostram o casal pegando tintas acrílicas e um pincel de parede que fazem parte da obra e estavam no chão diante da pintura. Eles usam o material para acrescentar novos desenhos ao grafite, que é uma das 130 peças em exibição na exposição chamada “Street Noise” (“barulho das ruas”), que está em um cartaz em um shopping da capital da Coreia do Sul.
Funcionários da galeria chamaram a polícia logo após notarem as novas marcas, em tinta verde-escura, feitas na tarde de domingo. O casal havia deixado a galeria cerca de meia-hora antes.
Policiais usaram as imagens de segurança, pegaram o balde de tinta e o pincel para colher impressões digitais e conseguiram encontrar o casal ainda dentro do shopping onde fica a galeria, o Lotte World Mall.
“Eles confessaram que pensaram que poderiam fazer aquilo, que seria uma obra de arte participativa e cometeram um erro”, disse o curador da exposição, Kang Wook, à agência Reuters. “Estamos discutindo com o artista para decidir o que faremos”.
A obra, um grafite de 2,40m por 7m, não tem título e foi criada pelo artista Jon One em 2016 em uma performance ao vivo em frente de uma plateia em Seul, em 2016, explicou Kang.
Após o incidente, a galeria colocou uma barreira e placas de “não toque” ao redor da obra, explicando que os baldes de tinta e pinceis expostos diante do grafite fazem parte da exposição.
Com a divulgação do ocorrido, os organizadores contaram que o interesse pela obra aumentou, e nesta sexta, algumas pessoas já tiravam fotos diante do grafite.
“Depois que vi uma matéria sobre isso, fiquei curioso e vim ver a exposição antes do que tinha planejado. Danificar obras de arte é um erro sério e acho que ela devia ser restaurada”, disse um dos frequentadores, Lee Seon-mi.
Foto – Reuters
