O comunicado interno da UniCesumar e Colégio Objetivo de Maringá gerou polêmica e repercutiu de forma negativa. Tanto que a vereadora Professora Ana Lúcia (PDT) protocolou ontem uma representação no Ministério Público pedindo que seja feita uma investigação sobre a distribuição de kits com vitamina e ivermectina aos colaboradores do estabelecimento de ensino. De acordo com a parlamentar, o motivo da representação é porque não se pode distribuir medicamentos sem prescrição médica.
“Enquanto o município se esforça para dar conta desta grave tragédia de saúde, seguindo os tratamentos adequados; para o meu espanto, a Cidade é obrigada a assistir a Unicesumar, que tem um curso de Medicina, divulgando a entrega do kit covid para os seus servidores, sem prescrição médica”, disse ela durante sessão ordinária na Câmara Municipal.
Esta é a segunda vez que a vereadora age contra ações de redes privadas que aconselham tratamento precoce. Em março, solicitou a Promotoria de Justiça que apurasse o atendimento proposto pela Rede Cross, usando parte do kit covid. O tratamento foi suspenso enquanto a investigação é realizada.
Nas redes sociais os alunos do Centro Universitário se manifestaram indignados com a atitude da instituição dizendo que não gostariam de ter um diploma com o nome da UniCesumar; além disso, que estar ligado a instituição seria uma falência profissional antecipada. Os comentários eram embasados nas publicações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que reforçou diversas vezes sobre o kit covid ser ineficaz no tratamento contra a Covid-19.
Victor Cardoso
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