Maringá tem área de 2,4 milhões de hectares disponíveis para as atividades industriais, possui programa de incentivos fiscais e gera 36.762 empregos formais na área industrial. Essas são apenas algumas informações da pesquisa inédita sobre a indústria local elaborada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipplam). O estudo foi feito para identificar características do segmento, perfil de qualificação profissional, modelo de gestão, ocupação, entre outros aspectos.
“Esse é o início de um sistema único de informação que o instituto quer estabelecer, trazendo dados da Cidade, da economia, mobilidade, entre outros. A pesquisa contribui com os objetivos da revisão do Plano Diretor que está em andamento”, afirmou a diretora-presidente do IPPLAM, Bruna Barroca.
A pesquisa salientou que do total de empregos formais na área da indústria, 9.588 estão no segmento de fabricação de produtos alimentícios. Quanto a investimentos nessa demanda, 75% dos 25 setores que responderam os questionários pretendem investir; 63% possuem de zero a nove funcionários e 70% dos funcionários utilizam meio de transporte próprio. O levantamento foi realizado no final de 2020.
“A indústria de alimentos é uma de nossas principais indústrias, que possui movimentação de cerca de R$ 4 bi. É um setor com empresas importantes no cenário nacional. Compramos farelo de soja, exportamos soja, temos fabricação de bebidas também, como cerveja, por exemplo. Na construção civil, tivemos uma movimentação de R$ 642,3 mi, com 49% relacionados a construção de edifícios. O setor alimentício é o maior segmento industrial; mas também destacamos o setor de TI”, explicou a diretora de desenvolvimento econômico do Plano Diretor, Paloma de Assis.
Participando da reunião de apresentação do estudo, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Rogério Yabiku, destacou que os dados vão contribuir com o desenvolvimento do município. Disse ainda que “somente em 2020, foram 1,6 milhão de metros de área construída no município. O aumento foi de mais de 10% em relação a 2019.” Já o gerente Regional do Sebrae-PR, Wendell Gussoni, que ajudou na metodologia da pesquisa, falou que começar um levantamento detalhado pelo setor industrial vai gerar avanços em outros setores da economia.
“Um trabalho relevante feito pelo instituto que foi criado em 2018 com o intuito de planejar a Cidade a longo prazo. Maringá é, com 74 anos, a melhor cidade do Brasil para se viver. Temos que pensar daqui cinco anos, daqui dez anos, qual a cidade que vamos continuar construindo. Para isso, é fundamental a pesquisa, a informação e o planejamento que é feito pelo instituto”, concluiu o Prefeito Ulisses Maia.
Victor Cardoso
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