O juiz Rodrigo Bahia Accioly Lins, de Cáceres (MT), revogou a prisão temporária do piloto Florindo Miranda Ciorlin, que havia sido preso dia 6, durante a operação Grão Branco, pela Polícia Federal. Florindo, que é presidente do Aeroclube Regional de Maringá, foi solto na manhã da sexta-feira do Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto (SP). Na casa de seu irmão, Everton, foi cumprido mandado de busca e apreensão; em Rio Preto, ambos têm hangar, que também foi alvo de mandado.
Segundo o Diário da Região, interceptações telefônicas identificaram que ele manteve contato telefônico com o integrante de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas durante negociação sobre a venda de um avião. A defesa de Florindo diz que os irmãos trabalham com assessoria aeronáutica, atuando na intermediação de compra e venda de aviões e despachante, e o que os diálogos demonstram, segundo a defesa dele, é unicamente a negociação. “Em interrogatório, Florindo confirmou ter negociado com o investigado a compra de uma aeronave, mas com total desconhecimento sobre a atividade criminosa do homem que ele considerava cliente”, informa a reportagem.
A operação Grão Branco é resultado de investigações iniciadas em 2019, quando foi apreendida quase meia tonelada de cocaína, e ao todo envolveu mais de 110 mandados de prisão e busca e apreensão em Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. O nome do líder da organização criminosa, que realizava tráfico internacional, não foi divulgado. O nome da Operação Grão Branco deve-se ao transporte de grãos (soja e milho) de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína. Reportagem do jornalista Roberto Cabrini , levada ao ar na noite de ontem do programa Domingo Espetacular, da Rede Record, detalha o trabalho da PF nesses dois anos. Segundo a Polícia Federal, os irmãos também são proprietários da escola de aviação de Fernandópolis (SP).
Angelo Rigon
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