O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio Damasceno, participou de forma online, do programa Café na Reitoria. Durante o encontro, mediado pelo jornalista Marcelo Galdioli, o reitor falou sobre o que é necessário para o retorno seguro às aulas presenciais na instituição. A reitoria da UEM fez um levantamento apontando a necessidade de R$ 30 milhões para aquisição de recursos e aplicação de protocolos de biossegurança.
“Nos últimos dois anos, 2019 e 2020, os custeios foram na ordem de R$ 23 milhões. Esse ano o que está na lei orçamentária são R$ 5,8 milhões para custos em geral. Uma redução de 75% num momento em que não reduzimos nada na instituição e ainda tivemos o agravamento da pandemia. Nesse levantamento, além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para a comunidade acadêmica, estão inclusos produtos de limpeza e contratação terceirizada de profissionais em setores que estão defasados pela falta de concurso público”, explicou Damasceno.
O reitor reforçou que os investimentos são importantes; porém, a volta às aulas presenciais depende de mais esforços, dentre eles seguir protocolos validados. Informou que na universidade será respeitado o número limitado de pessoas, distanciamento, garantia de EPIs para todos os funcionários, readequação de blocos para receber alunos, garantia de contratação de pessoas para cumprir as normas, entre outras ações.
“UEM e Governo precisa trabalhar de forma conjunta. Todos os protocolos que seguimos são de orientações dos profissionais da ciência e saúde, nada é tomado por conta própria. Para recebermos nossos alunos de forma presencial muitas coisas são necessárias. No setor de zeladoria, que há 10 anos tinha um quadro de 180 funcionários, hoje conta com apenas 69 trabalhadores no câmpus de Maringá. Esses profissionais realizarão a higiene das salas de aula e banheiros com maior frequência diária. Mas para isso ser completo serão necessárias, no mínimo, mais 80 contratações. Lembrando que precisamos manter limpos também os laboratórios, biblioteca, restaurante, entre outras áreas. Adequações são necessárias para que haja segurança e diminua o risco de contaminação. A UEM deseja voltar a normalidade o quanto antes e isso somente de forma responsável”, concluiu o reitor.
Victor Cardoso
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