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Maringaense deve investir R$ 3,5 bilhões em habitação, aponta estudo

A IPC Marketing Editora divulgou dados do potencial de consumo das famílias brasileiras com base no levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o IPC Maps 2021. Na pesquisa, Maringá aparece no 42º lugar na lista dos maiores centros de consumo do País. O potencial das famílias no município subiu de R$ 13,6 bilhões, em 2020, para R$ 15,9 bilhões este ano. Isso significa que o maringaense terá R$ 2,3 bilhões a mais para gastar em 2021.

O investimento preferido do maringaense, segundo o estudo, será no setor de habitação. Os moradores devem gastar mais de R$ 3,5 bilhões. Na sequência aparece compra de veículo próprio, com mais de R$ 2,3 bilhões em investimentos; alimentação em casa, gasto ultrapassando R$ 1,3 bilhão; alimentação fora da residência, R$ 600 milhões; materiais de construção a estimativa de gasto é maior que R$ 500 milhões; e em educação o consumo deve ser maior que R$ 400 milhões.

Economistas apontam que é desejo de todos voltarem a circular, ver e adquirir produtos em lojas, realizar eventos, entre outras ações que a pandemia não tem permitido. O cenário deverá mudar com o controle da Covid-19 e potencializar a economia após a crise gerada pelo novo coronavírus. Mesmo assim, os moradores de Maringá se mostram dispostos a consumir. No ranking estadual o município está em terceiro lugar como centro de consumo; atrás apenas de Curitiba e Londrina.

O economista Marcos Pazzini, responsável pela consultoria que elabora o estudo nacional, explicou que o aumento para R$ 15,9 bilhões se deve ao crescimento das classes A, D e E em Maringá, dentre outros motivos. Esse aumento, em específico, foi identificado nos últimos dois anos. Num comparativo entre 2020 e 2021, a classe A aumentou 3% na quantidade de domicílios e as classes D e E, 15%. Segundo ele, o número gera potencial de consumo maior, índice importante para o município.

A expectativa do estudo é que as cidades que são sede de regiões saiam mais cedo da crise, caso de Maringá que vai poder atrair pessoas para morar e/ou frequentar estabelecimentos que movem a economia de consumo.

BRASIL

“Após um ano marcado por prejuízos irreparáveis na maior parte dos setores econômicos do Brasil, e mesmo que ainda vivenciando a pandemia, o consumo das famílias deve recuperar parte do seu fôlego e movimentar cerca de R$ 5,1 trilhões ao longo deste ano no Brasil. O que representa um aumento de 3,7% em relação a 2020, a uma taxa também positiva de 3,17% do PIB”, explicou Pazzini.

O crescimento esperado para este ano é considerado satisfatório, já que as perdas registradas em 2020, em função do isolamento social imposto pela pandemia, vão demorar para ser esquecidas. No balanço, a pesquisa mostra que, em momentos de crise como a do ano passado, mercados já consolidados tendem a reagir com maior facilidade e a se recuperar mais rapidamente do que os menores fora dos grandes centros.

“É por esse motivo que, as 27 capitais, após seguidas perdas, passarão a conquistar espaço no consumo nacional, respondendo por 29,3% do total de gastos. Assim, enquanto o interior também avançará, com 54,9%, a participação das regiões metropolitanas deverá cair para 15,8% neste ano”, concluiu o economista.

ESTUDO

O IPC Maps, há quase 30 anos, vem se consolidando como um banco de dados secundários, elaborado com base em dados divulgados por instituições oficiais. O produto contempla o perfil de consumo das populações urbanas e rurais dos 5.570 municípios brasileiros, possibilitando múltiplas análises em função da facilidade de gerenciamento de seus dados através de recursos de geoprocessamento.

As informações são organizadas por regiões demográficas, unidades da federação, mesorregiões, microrregiões e municípios como unidades referenciadas de consumo. O perfil de cada município é detalhado com dados demográficos, número de empresas e potencial de consumo em 22 categorias segmentadas por classe sócio econômica.

Victor Cardoso
Foto – Reprodução

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