A segunda morte por dengue em Maringá foi confirmada no início dessa semana pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), se trata de uma mulher de 53 anos de idade que tinha comorbidades. Em 20 de março, uma outra pessoa também faleceu em decorrência da doença. Agora, uma nova morte será analisada, a do empresário Ricardo Naressi Camilo, 41 anos, que morreu por dengue hemorrágica na última quinta-feira. O boletim dessa semana chama atenção para o aumento de casos, no município e também no Paraná.
Segundo a Sesa, a 15ª Regional de Saúde de Maringá tem 769 confirmações, atualmente, e informou que técnicos estão em conversa sobre aplicação do fumacê o mais breve possível. Bloqueios regionais com costais estão sendo realizados, mas a epidemiologia precisa determinar os locais onde o carro fumacê vai passar.
Enquanto isso, uma estratégia da Prefeitura é atuar no recolhimento de materiais recicláveis que possam transformar em criadouro do mosquito Aedes aegypt acumulando água. No sábado houve drive-thru para coleta de diversos tipos de resíduos e roupas no portão do Parque do Ingá; iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal e Limpeza Urbana. Os materiais recicláveis foram encaminhados para cooperativas cadastradas.
A Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e o Instituto Água e Terra (IAT) estão mobilizando os municípios e a população paranaense a postarem na internet o antes e o depois de uma limpeza, por exemplo. A ação faz parte das atividades programadas para o mês do Meio Ambiente, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado ontem. No Estado foram confirmados 20.242 casos da doença desde agosto do ano passado. O total de notificações já ultrapassa a marca de 80 mil; deste total, 12.424 casos estão em investigação e 35.648 foram descartados.
“Os 399 municípios do Paraná estão sendo estimulados a fazer o recolhimento de resíduo e postar fotos de como o local era e como ficou, com a hashtag #ParanaMaisLimpo. Nós, humanos, somos os maiores causadores de resíduos todos os dias e precisamos de ferramentas como essa para minimizar os impactos causados”, afirmou o secretário da pasta Marcio Nunes.
CASO
O empresário Ricardo Camilo morreu por dengue hemorrágica no dia três de junho, mas estava internado na UTI desde o dia 30 de maio. O quadro se agravou rapidamente. Camilo, que segundo a família teve dengue quatro vezes, tinha uma loja de videogames no centro de Maringá e morava no Jardim América. Era casado e pai de dois filhos, nove e quatro anos de idade.
Victor Cardoso
Foto – Reprodução