Um crocodilo chamado Osama, foi identificado como o assassino sanguinário de 10% da população de Luganga, uma pequena vila nos arredores do lago Victoria, em Uganda.
Segundo informes da população, o réptil — um crocodilo-do-nilo de cinco metros e 1 tonelada — tem 75 anos e matou 83 moradores entre 1991 e 2005.
A espécie é uma das mais agressivas e perigosas ao homem entre os crocodilos. Também uma das maiores, só superada pelo crocodilo-de-água-salgada, que passa de 6 m.
De acordo com relatos colhidos pelo tabloide Daily Star, o animal esperava crianças encherem baldes com a água no lago e as matava. Em certo período, ele aprendeu a virar barcos de pescadores e os matava, algo considerado muito incomum para a espécie.
Os relatos dos ataques são assustadores. Às vezes, apenas as roupas das vítimas eram encontradas.
Em outros ataques, sobreviventes viam familiares serem despedaçados, enquanto lutavam para escapar das mandíbulas do animal. O pescador Yazid Kotongole sobreviveu a nove ataques de Osama e chegou até a perder o irmão para a fúria assassina do animal.
A fama de violência levou muitos a acreditarem que ele era um animal imortal ou um flagelo mutante da natureza.
Em 2005, Paul Kyewalyanga foi um desses sobreviventes e contou ao jornal Sydney Morning Herald o que viu.
“Osama emergiu verticalmente da água e caiu no barco. Peter [irmão dele] estava agarrado ao lado gritando. Eles lutaram por cerca de cinco minutos até que ouvi um som de rasgo. Peter gritou: ‘Ele quebrou minha perna’. Então ele se soltou e foi arrastado para o lago. Poucos dias depois, encontramos sua cabeça e seu braço”, afirmou ele.
Não é por acaso que moradores da aldeia o chamaram de Osama, uma referência direta a Osama Bin Laden, o mais conhecido terrorista do século.
Também em 2005, um grupo de cerca de 50 moradores e autoridades do governo conseguiu capturar o animal. A operação durou uma semana completa. Especialistas utilizaram pulmões de vaca como isca e o prenderam em uma armadilha. Ainda assim, o animal deu trabalho e precisou ser imobilizado com cordas.
Os aldeões queriam matar o crocodilo, uma vingança em nome das vidas perdidas. Mas autoridades do departamento de vida selvagem afirmaram que a atitude era crime e seria punida.
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